sexta-feira, 24 de abril de 2020

MPCE orienta Executivo e Legislativo de Crato durante Estado de Calamidade Pública

Vista panorâmica do município do Crato (Foto: Reprodução/Pêpê Fotos)
A 3ª Promotoria de Justiça do Crato expediu uma série de recomendações ao prefeito Zé Aílton Brasil (PT) e à Câmara de Vereadores do Crato com base nas ações de enfrentamento ao novo coronavírus que o Município tem tomado.


De acordo com o promotor de Justiça Cleyton Bantim da Cruz, a Prefeitura de Crato deve abster-se de conceder benefícios fiscais ou tributários ''que não guardem relação direta com o enfrentamento do contexto de calamidade gerado pela disseminação da Covid-19''.

Para o promotor, as ações de enfrentamento à doença devem estar relacionadas ''à vida, à saúde e a subsistência dos cidadãos''. De igual modo, ele orienta que o município evite renunciar despesas relativas aos períodos anterior ou posterior à vigência do decreto de calamidade pública.

A medida, lembra o promotor, não é permitida em ano eleitoral e deve ser precedida de estudo do impacto financeiro-orçamentário e demonstração de adequação e compensação orçamentária.

Conforme a recomendação, o promotor teme que a concessão de benefícios fiscais e tributários “sem a mínima estimativa econômica e financeira das medidas nas receitas públicas” possa gerar despesas continuadas e descontroladas.

Desse modo, Cleyton Bantim recomendou que a Secretaria Municipal de Finanças, emita um parecer sobre a concessão de benefícios do tipo, fixe critérios ''essencialmente objetivos e observe o princípio constitucional da impessoalidade e se abstenha de uso promocional dos benefícios'' em favor de candidatos, partidos ou coligações.

O promotor ainda orientou os vereadores de Crato a rejeitar e tirar de pauta na Câmara Municipal um projeto de lei que não cumpra essas recomendações. Também solicitou o envio de todos os projetos aprovados pela Câmara durante o estado de calamidade pública decretada pelo prefeito Zé Aílton Brasil.


*Da redação do Blog do Mateus Silva com João Boaventura Neto/Site Miséria.

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