Foto: Arquivo Pessoal |
Há quem considere tatuagem como algo eterno, mas que também pode eternizar. Foi por isso que a farmacêutica Régila Aguiar, de 34 anos, escolheu que a primeira marca na pele lembrasse de algo sublime: a recuperação da própria mãe, Rojane Aguiar, que tratou a infecção por Covid-19 com o uso do capacete Elmo.
Em abril deste ano, Rojane, que tem 71 anos, foi diagnosticada com coronavírus. Inicialmente, a pedagoga passou uma semana na enfermaria, mas, com o agravamento dos sintomas, teve de ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A mãe de Régila está entre os mais de dois mil cearenses que tiveram o auxílio do capacete de respiração assistida Elmo para vencer a doença. O dispositivo, fruto de parceria público-privada, começou a ser idealizado logo no início da pandemia e tem feito a diferença nas unidades de saúde não só do Ceará, mas de outros estados, como Maranhão e Amazonas, por exemplo.
“No terceiro dia de UTI, fui surpreendida com uma videochamada do médico com ela no Elmo, sorrindo, dando tchau, dizendo a célebre frase dela: ‘está tudo bacana, bacana, bacana’. Eu chorei de emoção vendo aquele ser tão frágil e, ao mesmo tempo, tão forte ali, mostrando que ela é guerreira e tem força”, relata a farmacêutica.
Cinco meses após a alta hospitalar, a perseverança da mãe na luta contra o coronavírus continuou latente na memória de Régila e foi o motivo para eternizar no braço um dos momentos mais marcantes da vida de ambas.
“Eu sempre quis uma (tatuagem) que tivesse um significado importante. E a imagem dela sorrindo no Elmo me marcou muito. É a verdadeira tradução de quem é ela. Uma guerreira, poço de fortaleza que eu queria ter e tento me inspirar”, destaca.
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