terça-feira, 9 de junho de 2020

Dia dos Namorados: queda nas vendas deve chegar a 65,3%, no Ceará

Foto: Helene Santos
A abertura de alguns setores da economia nas últimas semanas não foram suficientes para reverter as perdas do comércio no Dia dos Namorados no Ceará, segundo indica pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A projeção de queda no Estado chega a 65,3% e é uma das mais elevadas do País, revelando mais um impacto severo da crise deflagrada pelo novo coronavírus.


"Regionalmente, haverá perdas em todos os Estados. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação que respondem por mais da metade das vendas voltadas para a data, tendem a registrar perdas de 41,9%, 34,6% e 30,7%, respectivamente.Em termos relativos, Estados das regiões Norte e Nordeste deverão registrar as maiores perdas", constata a pesquisa, apontando para o Ceará, Amapá (-65,1%) e Pernambuco (-62,2%).

No País, a data deve movimentar R$ 919,2 milhões, o que representa um tombo de 43% ante o último ano e, conforme a CNC, configura como o menor resultados dos últimos 11 anos.

Queda menor

A pesquisa ainda faz um paralelo com o Dia das Mães, sinalizando uma queda menos drástica. A segunda melhor data para o varejo nacional teve recuo de 59,2% neste ano.

Um dos fatores que devem ajudar ao Dia dos Namorados obter melhores indicadores, segundo a CNC, é a redução do isolamento social. A pesquisa afirma, citando dados da consultoria Inloco, que "o índice de isolamento social no Brasil, na semana que antecede o Dia dos Namorados, encontra-se no menor patamar desde o início da quarentena".

Setores

Sem discriminar por Estado, a pesquisa indica que a queda nas lojas de vestuário e calçados (-71,3%) devem liderar o tombo nas vendas, seguidas das do segmentos de informática e comunicação (-58,3%), artigos pessoais, utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-55,8%), perfumaria e cosméticos (-21,2%), hiper e supermercados (-17,2%) e livrarias e papelarias (-11%).

"Sendo um dos setores econômicos mais diretamente impactados pela pandemia de Covid-19, o comércio varejista sofre neste momento não só com as restrições à circulação de consumidores, mas também com a retração do nível geral de atividade e a deterioração das condições de consumo, tais como as quedas dos níveis de emprego, de renda e da confiança do consumidor", analisa o levantamento.



*Fonte: Diário do Nordeste

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