segunda-feira, 15 de julho de 2019

Brejo Santo na Revista Itaytera e Cariri Cangaço 2019; por Hérlon Fernandes


Lançada pela primeira vez em 1955, a Revista Itaytera chega, neste ano de 2019, a seu 48º número. Gestada pelo Instituto Cultural do Cariri – ICC, a revista consolidou-se numa enciclopédia da história e cultura da nossa região, configurando-se em conceituada produção bibliográfica da nossa gente, tendo como seus colaboradores nomes de peso como, por exemplo, Abelardo F. Montenegro, J. de Figueiredo Filho, Otacílio Anselmo e Padre Antônio Gomes Araújo.

Para se ter uma ideia, a raiz da história de Brejo Santo foi praticamente extraída de números da Revista Itaytera e compilada por pesquisadores ao longo do tempo. Encontrar os primeiros números da Revista Itaytera era como resgatar uma joia de um naufragado navio.

Como complementa o presidente do ICC, Heitor Feitosa Macedo, acerca da história da publicação: “Através de mais de 9 mil de páginas escritas na Revista Itaytera, o leitor pode encontrar informações variadas: desde poemas, memórias, cartas, notas bajulatórias; até documentos raros, estudos genealógicos, artigos científicos, etc.” Recentemente, para satisfação dos pesquisadores, dos amantes da História, todo o acervo da Revista Itaytera foi digitalizado e pode ser adquirido diretamente com o Instituto, a um preço justo.

Nesta mais recente edição especial, quando da comemoração dos 10 anos do Cariri Cangaço, a Revista traz um compêndio de artigos sobre o emblemático assunto e Brejo Santo tem destaque em três espaços desta publicação: no primeiro, Bruno Yacub traz a história surpreendente do cangaceiro brejo-santense Raimundo Maximiano de Morais, vulgo Mundinho, comparsa de homens valentes como Lampião, Chico Chicote, José Inácio do Barro e Sinhô Pereira; no segundo momento, em uma crônica minha, relato a história de minha centenária avó, natural de Brejo Santo, aos nove anos, testemunha ocular de Lampião e seu bando, no ano de 1927, e, aos quatorze, sobrevivente do campo de concentração do Buriti, no Crato, na grande seca de 1932; no terceiro momento, por fim, Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, revive a história do Fogo do Piçarra, na região limítrofe de Brejo Santo e Porteiras, e a relação entre o mais famoso coiteiro de Lampião, culminando, em 27/03/1928, na morte de  Sabino Gomes, lugar tenente da Raposa das Caatingas.

Para mim e para Bruno Yacub, admiradores da Revista Itaytera, desde meninos, ter textos nossos publicados nesse veículo, é um momento de grande felicidade e orgulho.

É, sem, dúvida, uma publicação que merece ser festejada e prestigiada. No dia 27 de Julho de 2019, no Cineteatro Professor Júlio Macedo Costa, a partir das 8h30min, Brejo Santo receberá, pois, o Cariri Cangaço, importante evento para a discussão do tema, visitas guiadas a pontos estratégicos dessa história na nossa terra e uma oportunidade para se adquirir a Revista Itaytera. 

Hérlon Fernandes Gomes
Porto Velho, Rondônia, 15 de Julho de 2019.
Índice das Revistas Itaytera, do Instituto Cultural do Cariri (ICC), por Heitor Feitosa Macêdo (Secretário do Instituto Cultural do Cariri), Disponível em:<http://http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com/2016/12/indice-das-revistas-itaytera-do.html >. Acesso em 15/07/2019, às 10hs23min.

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