sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Vacinação explica queda nos índices de Covid-19 no CE em relação a 2020, mostra gráfico da Sesa

Foto: Helene Santo

O Governo do Ceará não mede esforços para que a vacina contra a Covid-19 chegue aos braços dos cidadãos o mais breve possível. Desde o início da campanha de vacinação, ainda em janeiro deste ano, foi estabelecida uma logística eficiente, coordenada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que garante que os imunobiológicos sejam entregues às 22 Áreas Descentralizadas de Saúde em menos de 24 horas depois das chegadas dos lotes enviados pelo Ministério da Saúde.


A explicação para esse esforço, que também inclui compra direta e negociação junto às fabricantes de vacina, está no entendimento da  imunização da população como principal ação para o combate à pandemia. Passados 21 meses do registro do primeiro paciente confirmado de Covid-19 no Ceará, os números de óbitos e casos estão no momento mais controlado, e essa queda dos indicadores ocorre simultaneamente ao momento em que a vacinação ganhou impulso. Não é mera coincidência.


“A eficácia da vacina em doenças contagiosas está comprovada há décadas. Com a Covid-19 não seria diferente. Apesar do tempo exíguo para o desenvolvimento dos imunobiológicos, sempre acreditamos que o avanço da vacinação seria um divisor de águas para o enfrentamento da pandemia no Brasil, que é referência mundial nas campanhas de imunização, e para o controle da doença. O SUS [Sistema Único de Saúde] está preparado para avançarmos ainda mais. E, para isso, é fundamental que a população se mantenha vacinada contra a Covid-19. Tome a sua primeira, segunda ou dose de reforço. Somente assim poderemos manter o controle da pandemia e reduzir ainda mais os índices de infecção, internação e óbitos”, afirma a infectologista Tânia Mara Coelho, secretária executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional da Sesa.


Gráfico desenvolvido pela Secretaria Executiva de Vigilância e Regulação (Sevir) da Sesa também comprova a eficácia da vacina. Foram cruzados os números de casos e óbitos confirmados por Covid-19 no Ceará em cada uma das 53 Semanas Epidemiológicas de 2020 e 2021. Os números mostram que o primeiro semestre deste ano é quando há o pico mais substancial da pandemia, com maior número de óbitos e casos.


Entretanto, no segundo semestre, mesmo com mais variantes de preocupação circulando no Estado, menos restrições de isolamento social e com a retomada das atividades econômicas e de lazer, algum fator fez os indicadores caírem para níveis mais baixos do que os observados em 2020 – entre os meses de julho e novembro. O motivo, evidentemente, é a vacinação de mais de 6,6 milhões de cearenses com a primeira dose e 5,3 milhões com imunização completa (segunda dose ou dose única), conforme mostra o Vacinômetro da Sesa.


Em números percentuais, cerca de 86% da população vacinável (a partir de 12 anos) receberam uma dose do imunizante contra a Covid-19, enquanto mais de 70% deste grupo recebeu duas doses ou dose única. Comparando com a população geral do Estado, esses números de imunização correspondem a 71,3% (D1) e 57,6% (D2 + DU), respectivamente.


Vacina derruba casos e óbitos

Em análise do gráfico de monitoramento da Sesa, percebe-se que 2021 teve curvas elevadas mais extensas com óbitos e casos de Covid-19, o que se reflete em números contundentes. Foram 591.481 casos neste ano (até a semana epidemiológica 44) ante 352.522 no total do ano passado. Em relação aos óbitos, 2021 registrou 13.627 até o fim de outubro, enquanto em todo o ano de 2020 foram registradas 10.961 mortes pela doença no Ceará.


No momento em que a campanha de vacinação contra a doença foi universalizada, em maio, após as fases de grupos prioritários, a velocidade da imunização foi impulsionada, garantindo um controle maior da pandemia no Estado. Os dados do gráfico mostram, por exemplo, que, no momento mais controlado do segundo semestre de 2020, os casos estavam em 4.311 por semana; em 2021, esse número caiu para 554 casos. A mesma diminuição é observada nos óbitos. A semana mais controlada do segundo semestre do ano passado teve 59 mortes. Na deste ano, somente quatro.



*Da redação do Blog do Mateus Silva com Ascom/Sesa.


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