sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Governo do Ceará e Fiocruz firmam acordo para desenvolvimento de vacina cearense

Foto: Carlos Gibaja

Nesta quinta-feira, 5 de agosto, Dia Nacional da Saúde, data em que se celebra também o aniversário de Oswaldo Cruz, o Governo do Ceará e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) selaram acordo de cooperação para desenvolvimento e produção da vacina cearense contra a Covid-19. O governador, Camilo Santana, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, assinaram o documento com transmissão ao vivo pelas redes sociais. 


Estiveram presentes a vice-governadora, Izolda Cela, o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, e da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), o reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Hidelbrando Soares, coordenador geral da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor e a professora imunologista Izabel Florindo Guedes, que chefia o grupo de criação da vacina cearense 2H120 Defense na Uece.


Abrindo a transmissão, o governador do Ceará ressaltou a importância tanto do termo de cooperação quanto do investimento em ciência e tecnologia no Estado. “A partir de hoje a Fiocruz será parceira do avanço na pesquisa da vacina contra Covid desenvolvida pela Uece. Com esse protocolo de cooperação, estaremos juntos também em um futuro programa de parceria para projetos de pesquisa, ensino, serviços, extensão, desenvolvimento tecnológico e produtivo, entre outros”, afirmou.


A cooperação entre as instituições visa realizar ajustes solicitados pela Anvisa na fase de testes em animais da vacina cearense 2H120 Defense, revendo e ampliando resultados. Isso é necessário para que os pesquisadores possam realizar a submissão de documentos para solicitar autorização para dar início aos testes em humanos.


“Não haveria um dia melhor para selar uma parceria de sucesso entre Ceará e Fiocruz, hoje celebramos o Dia Nacional da Saúde, na data em que se celebra também o aniversário de Oswaldo Cruz. Estamos diante de um acordo que demonstra a importância do papel da ciência e da tecnologia como pilares essenciais da saúde. Quero aproveitar para agradecer a todos os profissionais da saúde, e aqueles que se dedicam à pesquisa e à ciência em um momento de pandemia. Inclusive, já sabemos, através de pesquisas, que a redução de mortalidade e nos números de atingidos pela Covid-19 é fruto que colhemos com a vacinação”, apontou Nísia Trindade.


Pelo acordo, cabe à Fiocruz disponibilizar infraestrutura laboratorial multiusuária para execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e apoiar e viabilizar a realização de seminários, palestras, workshops e cursos relacionados com o assunto. O Governo do Ceará assume a atribuição de disponibilizar recursos financeiros para execução do acordo, que não inclui repasse de verba. Secitece e Uece ficam com a responsabilidade de disponibilizar espaço físico e pessoal (veterinário e técnico) para manejo, cuidado e guarda dos animais relacionados ao projeto; disponibilizar infraestrutura laboratorial multiusuária para execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e também apoiar e viabilizar a realização de seminários, palestras, workshops e cursos.


“O caminho para sair da pandemia é o da pesquisa e da ciência, e a Fiocruz montou no Ceará um dos maiores centros de testagem e que atende o Brasil inteiro. E nós sempre acreditamos que, para construir um futuro melhor é preciso investir em educação, promover bolsas de estudo, e incentivar a pesquisa em ciência e tecnologia, e é o que fazemos em nosso Estado”, atestou Camilo Santana.


Vacina cearense

A vacina 2H120 Defense, em desenvolvimento pela Uece, com o suporte da Fiocruz, propõe uma nova forma de uso de um coronavírus aviário atenuado, semelhante ao SARS-CoV-2, que já vem sendo utilizado há muito tempo e que não tem potencial agressor em humanos. Esse microorganismo seria capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra a Covid-19.


Com a possível conclusão da pesquisa desenvolvida pela Uece, o País poderá contar com uma vacina de baixo custo e de aplicação intranasal. A estimativa é que a concentração de vírus vacinal por dose em um frasco seja capaz de fornecer 250 doses. Desta forma, cada dose poderá custar centavos de real.


A pesquisa da vacina cearense começou em abril de 2020, desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), liderado pela professora imunologista Izabel Florindo Guedes.



*Da redação do Blog do Mateus Silva com Ascom Governo do Ceará.

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