quarta-feira, 31 de março de 2021

Profissionais da linha de frente do Hospital Santo Antônio falam de suas rotinas

A exaustão chegou no país todo para quem está “cansado” da pandemia. Agora, imagina para profissionais da saúde que atuam no enfrentamento da Covid-19. A rotina desgastante na tentativa de salvar vidas e pôr fim ao sofrimento dos pacientes e seus familiares. Enfermeiros, fisioterapeutas, médicos poderiam simplesmente ficar em casa, como o restante da população, e assim evitar se “contaminar” no atendimento diário e nos corredores dos hospitais, colocando a vida dos familiares em risco, mas resolveram ir a campo e salvar vidas!


A Fisioterapeuta do Hospital Santo Antônio, Ayala Ane, atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid há 1 ano e diz que para muitos, trabalhar dentro de uma ala onde o nível de contaminação é muito alto, é motivo de medo, desespero, mas que para ela é um ato de coragem. “Tenho muito orgulho de ser mulher e fisioterapeuta, lutando todo dia por cada vida”, destacou.


Ela ponderou que a carga horária desses profissionais em específico aumentou muito e o trabalho tem sufocado com as cargas de trabalho altíssimas, além da exaustão psicológica e física. “Não é fácil, mas todos os dias estamos lá lutando por cada um. Não é fácil receber jovens, idosos e nem ver familiares perderem seus queridos. Cuidem-se e cuidem de quem vocês amam. Fiquem em casa por nós que estamos lá lutando e vençam essa luta juntamente com a gente”, lamentou.


George Severo, médico e diretor técnico do Hospital Santo Antônio, destaca que as fases no combate à covid-19 foram diferentes, desde a assistencial até a parte de gestão, cada uma delas com suas especificidades e dificuldades. “Na parte assistencial, a rotina é desgastante porque o cuidado é intensivo, a evolução é rápida. Às vezes os pacientes descompensam muito rápido. Então os ajustes são finos, principalmente da ventilação mecânica. A disfunção orgânica vai se acumulando em muitos pacientes. Então todo o tempo a gente fica 100% vidrado naquele paciente com medo de como a doença vai evoluir”, disse.


Ele acredita que as maiores dificuldades no momento são com relação aos diversos conhecimentos divulgados e poucos resultados. “É muita gente adoecendo ao mesmo tempo. O serviço de saúde está lotado e isso dificulta muito, é muito pesado para as equipes das Alas Covid”, lembrou. Prevenção é tudo!




*Com Assessoria Commonike

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