sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Confira questões inéditas do Professor Pixote preparatórias para o Enem


Manoel Mosilânio  Malaquias da Cruz

Historiador (URCA),Pedagogo (URCA), Graduado em Mídias da Educação (MEC)   Especialista em Mídias da Educação(UFC)  em Educação e Direitos Humanos (UFC), em Análise  Transacional ( Academia do Futuro ) e  em  Metodologia do ensino  Superior (UNICAP).Pesquisador sobre Música Brasileira e Tutor do Projeto Professor Aprendiz da SEDUC-  FUNCAP na área de  Ciências Humanas. Professor da Rede Privada e Pública Estadual de Brejo Santo-Ce,e do Curso Sapiento (PE).  E-mail: pixotecruz@bol.com.br


CADERNO ENEM 2020 – EDIÇÃO  01 

Neste volume, teremos questões inéditas elaboradas por mim sobre Patrimônio Cultural, Pré- História, Inicialmente, explicarei as matrizes do Enem. Resolvas as questões e confira o gabarito no final do Caderno. Um Grande abraço


“Não devemos ter medo dos confrontos. Aé os planetas se chocam, e do caos nascem as estrelas.” (Charles Chaplin)


DESVENDANDO A MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O ENEM  - EIXOS COGNITIVOS (comuns a todas as áreas de conhecimento)

 

I. DOMINAR LINGUAGENS (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.

Depreende-se que o domínio das múltiplas linguagens (artísticas, matemáticas, científicas, tirinhas, gráficos, e demais códigos verbais e não verbais) utilizadas em diversas áreas de conhecimento possibilitem ao educando meios de apreensão dos diversos sistemas de comunicação existentes no mundo e que lhe forneça a compreensão básica dos impactos sociais, ambientais, movimentos sociais, mudanças comportamentais, comunicação social, fenômenos naturais, padrões estéticos, fundamentos culturais, políticos e econômicos para a vivência em sociedade.

II. COMPREENDER FENÔMENOS (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. 

Ao desenvolver o domínio dessas linguagens, espera-se que o educando possa levantar os questionamentos necessários para a formulação consciente e realista das problemáticas mundiais como, por exemplo, quais são os impactos do lançamento dos resíduos da construção de uma hidrelétrica ou  do desmatamento de um rio  localizado próximo a essas construções. O que leva as pessoas a manifestarem-se em favor de seus direitos e outros processos histórico-geográficos?   Como se origina um tsunami, um relâmpago, entre outros fenômenos naturais? Em suma, ao entender os conceitos e apropriar-se deles, será possível conhecer e dominar as linguagens  ( Eixo 1) que fundamentam a compreensão do fenômeno.

III. ENFRENTAR SITUAÇÕES-PROBLEMA (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

Interpretar e compreender textos verbais, não verbais e mistos; como charges, cartuns, tirinhas..., compreender criticamente a função apelativa da propaganda, eis os principais elementos de compreensão presentes em Linguagens e Códigos.

De posse desses dois itens (Eixo 1 e 2) , há a necessidade de   mobilizar  esses domínios para articular os estímulos cognitivos ( denominados de suporte que podem ser uma foto, letra de música, uma tabela, um texto, um infográfico, etc.)  de forma que o educando  contextualize-os  à problemática proposta.

Uma situação–problema que envolva os elementos químicos e entender o cotidiano do mesmo (as placas de neon possuem o elemento químico neônio que produz a coloração desejada) é bem mais produtivo como aprendizagem do que decorar a tabela periódica;. Compreender as matérias- primas utilizadas, o processo de extração das mesmas bem como as formas de obtenção e as aplicações principais de produtos considerados estrategicamente econômico constituem no desenvolvimento de habilidades que geram não apenas  a apropriação do conhecimento científico,  mas propiciam a autonomia e consciência que urgem  e são necessários para viver melhor em sociedade.

Ainda como exemplo podemos citar o domínio de teoria cinética dos gases e cálculo estequiométrico que requer saber trabalhar com grandezas físicas, (temperatura, volume e pressão) conhecer as propriedades que compõe o estado gasoso (forma e volume), saber escrever uma equação química bem como balanceá-la além de utilizar a tabela periódica e trabalhar os conceitos de matéria (quantidade), volume e massa molar e constante de Avogrado.

No que se refere ao conhecimento histórico, não se pode compreender a colonização do Brasil sem a apropriação dos saberes sobre a política absolutista, a economia mercantilista o desenvolvimento do capitalismo comercial através da expansão marítima além dos condicionantes sociais (escravidão) e políticos (estrutura) que permitiram compreender a exclusão social e a ausência de cidadania por parte da grande maioria da população, além do papel da justiça e das formas de luta e resistência de determinados grupos  à situação vigente.

No que se refere às ciências da Matemática podemos citar uma problemática que envolva questões financeiras do dia a dia, pois utilizar as fórmulas matemáticas é bem mais proveitosa que memorizá-las sem, contudo, perder a essência de saber como procedê-las.  Um outro  exemplo é  a compreensão dos elementos, a definição  e estrutura dos conjuntos são determinantes para a compreensão das funções matemáticas, estas são utilizadas na Física (a distância percorrida  por um veículo em função do tempo) e na Biologia (o  crescimento de bactérias em determinado tempo) através de grandezas, definidas por elementos matemáticos, ou então, a localização de um ponto em uma reta de um plano geométrico  bem como a resolução das equações e inequações matemáticas.

Conhecer o funcionamento e estrutura de determinado órgão humano é mais importante para identificar determinada doença do que saber localizar suas partes ainda que seja essencial esse domínio. Tem-se, no entanto, uma ênfase nos conceitos fundamentais, bem como uma preocupação ambiental e social no que se refere à saúde e ao bem estar social.

IV. CONSTRUIR ARGUMENTAÇÃO (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas e conhecimentos disponíveis em situações concretas, a fim de construir argumentação consistente.

Refere-se ao desenvolvimento e articulação de saberes buscando fortalecer atitudes que viabilizem o exercício democrático da cidadania através de uma postura ética em relação aos direitos sociais, à compreensão do mundo de maneira crítica, à vivência da pluralidade e diversidade cultural e uma ação consciente e atuante no que se refere às questões ambientais.

Desse modo, esse eixo pauta na construção de argumentação por parte do educando em que ele expresse seus saberes e expectativas acerca das temáticas apresentadas de forma que evidencie sua experiência e sua vivência quanto às mesmas, de forma sólida e fundamentada acerca da ideia solicitada, quer seja na redação quer seja em questões temáticas diversas, mas sempre com sólidos argumentos, convincentes e bem fundamentados.

 V. ELABORAR PROPOSTAS (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Este item está recorrente ao papel do aluno no que se refere à promoção da cidadania através de proposições consistentes acerca dos problemas sociais (desemprego, pobreza, concentração de renda, ausência de moradia e de terra, entre outros), ambientais (poluição, desmatamento, queimadas, lixo) comportamentais (preconceito, intolerância, discriminação, uso excessivo de tecnologia, drogas) políticos (corrupção, ausência de direitos e deveres, autoritarismo,)

Urge, no entanto, que o aluno seja capaz de emitir opiniões, fundamentar suas ideias para solucionar a situação problema (eixo 4)  demonstrando familiaridade  com  respeito a diversidade sociocultural, a valorização da democracia, a defesa ao meio ambiente, o respeito e a ação direta  em relação aos valores humanos, na defesa dos direitos e conquistas sociais, entre outros – premissas fundamentais para  o exercício da cidadania de forma ética, solidária, promotora de justiça social e ambiental no âmbito local, regional e mundial necessários para o cotidiano e a vida real, inerentes à condição humana.

 

SIGA A DICA ABAIXO


 

CULTURA E PATRIMÔNIO

QUESTÃO 01. O jogador de futebol, Manuel dos Santos, popularmente conhecido como Garrincha, é considerado como um dos maiores craques do futebol brasileiro. Entre 1953 a 1965, atuou no Botafogo de Rio de Janeiro onde encantou com seus dribles sensacionais, suas gingas e brincadeiras fazendo a alegria do povo.Na foto ao lado, Garrincha, aparece enganchado na rede, repetindo um ato dos seus antepassados. Ele é descendente de um dos muitos povos indígenas do Brasil, os Fulniô. e seu ato foi registrado na goleada de 7 a 3 contra o América(RJ), após marcar um dos gols do seu time. ( adaptado de : Campos, Flávio de. História nos dia de hoje. 9  ano/ Flávio de Campos, Regina Claro  MíriamDolhnikoff 1 edição S. Paulo: Leya 2012

O ato do Jogador Garrincha expresso na fotografia que se relaciona com o texto demonstra

(A) a negação da sua cultura num gesto de deitar-se na rede de futebol ser mais importante do que deitar-se na rede praticado até hoje pelos povos indígenas.

(B) que na realidade só vivenciamos o tempo presente, sendo, por isso, o único aceitável.

(C) a afirmação da cultura e da memória brasileira e da necessidade de sua preservação.

(D) que a cultura se modifica ao longo do tempo visto que não há permanências históricas, só rupturas.

(E) uma ridicularização ao seu antepassado visto que o mesmo não se identificava com a cultura indígena.

 

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_04.02.2010/art_216_.shtm

QUESTÃO 02 De acordo com o Artigo da Constituição Brasileira, O patrimônio cultural constitui-se

(A) na riqueza econômica de um povo.

(B) na diversidade linguística do povo brasileiro.

(C)  na riqueza imaterial historicamente construída.

(D) uma das formas de preservação da memória social.

(E) limita-se aos bens e modos de vida das elites sociais.

 

Nos Jogos dos Povos Indígenas, praticados desde 1996 no Brasil, o lema é " o importante não é ganhar nem competir, mas celebrar". Não há juízes para arbitrar as competições nem prêmio para os vencedores. Nesses jogos,resgatam-se elementos mitológicos e valoriza-se a relação dos indígenas com a natureza.

         As modalidades são um pouco diferentes das que estamos acostumados acompanhar nos nossos esportes moderno : corrida de torra, arco e flecha, zarabatana, futebol de cabeça, arremesso de lanças, canoagem, corridas de velocidade e resistência, lutas corporais, futebol feminino e  masculino e cabo de guerra.

         O cabo de guerra (ou cabo de força, além da disputa da força física dos praticantes, representa as disputas entre forças da natureza, entre o dia e a noite, entre a vida e a morte. Variações desse jogo aparecem em diversas sociedades : no Egito Antigo, na Birmânia ( atual Myanmar), na Coréia, entre os povos da Ásia. Em geral, esses jogos eram praticados antes do cultivo do solo, com parte dos rituais para se obter boas colheitas.

(  FONTE: Campos, Flávio de. História nos dia de hoje. 6  ano/ Flávio de Campos, regina Claro  MíriamDolhnikoff 1 edição São  Paulo: Leya 2012

 QUESTÃO  03.   De acordo com o texto percebe-se

(A)o caráter dissociativo e a ênfase no aspecto individual.

(B) o caráter colaborativo dos jogos praticados pelos indígenas

(C) sua relação com as questões religiosas, políticas e sociais de cada povo.

(D)o reforço a ideologia capitalista ao destacar a competição entre as pessoas.

(E) que os jogos revelam poucas características das sociedades que o praticam.

 

QUESTÃO 04. Ainda de acordo com o texto, percebe-se

(A) os jogos celebram a cultura e sua relação com a natureza.

(B) que os jogos reforçam o individualismo, típico das sociedades capitalistas.

(C) a ênfase na competição e na conquista vista como símbolo de superação e de poder

(D) a influência de outras culturas reflete bem o caráter de integração cultural entre os povos.

(E) que as disputas possuem forte influência religiosa e política pois a vitória é associada a ajuda teogônica.

 

- “O futebol é uma moda fugaz. Vai haver por aí uma excitação, um furor dos demônios, um entusiasmo de fogo de palha que não durará um mês.” (Graciliano Ramos) Revista Língua Portuguesa, Especial, abril de 2006.

QUESTÃO 05.  De acordo com a frase de José Lins do Rego

(A) o futebol pode ser considerado uma das maiores expressões da cultura brasileira.

(B) o Brasil, país multicultural, tem como expressão menor o futebol.

(C) só conhece, de fato, a cultura brasileira quem joga futebol.

(D) o futebol é a única forma de expressão cultural brasileira.

(E) todos que entendem de futebol, conhecem o Brasil.

 

LEIA O TEXTO E O CÓDIGO PARA RESPONDER AS QUESTÕES 06 e07

Manu, é um personagem mítico, primogênito de Brahma, e o primeiro homem, considerado o pai da humanidade. A ele se atribui o texto conhecido por Código de Manu, um conjunto de normas reguladoras de convivência social. O texto, escrito em versos entre 1400 e 800 a.C., apresenta um quadro da sociedade indiana, das castas, mas também das regras religiosas e de conduta doméstica Alves, Alexandre. Conexões com a História. Alexandre Alves, Letícia Fagundes de Oliveira, 1ed, São Paulo, Moderna, 2010, pág 79.

LIVRO NONO XIX - DOS DEVERES DO MARIDO E DA MULHER

Art. 418º Eu vou declarar os deveres imemoriais de um homem e de uma mulher, que ficam firmes no caminho legal, quer separados, quer reunidos.

Art. 419º Dia e noite, as mulheres devem ser mantidas num estado de dependência por seus protetores; e mesmo quando elas têm demasiada inclinação por prazeres inocentes e legítimos, devem ser submetidas por aqueles de quem dependem à sua autoridade.

Art. 420º Uma mulher está sob a guarda de seu pai, durante a infância, sob a guarda de seu marido durante a juventude, sob a guarda de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais se conduzir à sua vontade.

Art. 424º Com efeito, um marido preserva sua linhagem, seus costumes,sua família, a si próprio e seu dever, preservando sua esposa.

Art. 428º Que o marido designe para função à sua mulher a receita das rendas e despesa, a purificação dos objetos e do corpo, o cumprimento de seu dever, a preparação do alimento e a conservação dos utensílios do lar.

Art. 433º Conhecendo assim o caráter que lhes foi dado no momento da criação pelo Senhor das Criaturas, que os maridos prestem a maior atenção em vigiá-las.

Código de Manu, Livro IX. Rede de Direitos Humanos e Cultura. Disponível em www.dihnet.org.br. Acesso em 27 de agosto de 2013.

QUESTÃO 06. A condição da mulher na sociedade hindu descrita no código de Manu pode ser entendida como:

(A) a submissão permanente ao mundo masculino: o pai, os maridos, os filhos.

(B) cabe a mulher comandar o mundo doméstico e também da vida pública e privada.

(C) a condição feminina é justificada pela atribuição às mulheres dos aspectos positivos da humanidade.

(D) somente na etapa matrimonial é que as mulheres encontra-se presa a regras, costumes e tradições.

(E) a mulher tem sua identidade determinada pelo mundo masculino, mas há preservação de sua autonomia feminina

 

QUESTÃO 07.  O papel do homem em relação à Mulher, descrita no código de Manu pode ser entendida como:

(A) Cabe aos homens protegê-las de forma a cumprir suas qualidades e atributos femininos características essenciais da sociedade hindu.

(B) Os homens devem ser virtuoso e agir conforme o princípio da virtude de gênero e conforme as circunstâncias. familiares e de propriedade.

(C) Os homens deveriam exercer sobre as mulheres o papel de controle de forma que elas possam afirmar suas necessidades e seus desejos.

(D) Aos homens é atribuído o dever de vigilância, proteção e contenção das ações e necessidades das mulheres, sejam elas filhas, esposas e mães.

(E) A benevolência, a sabedoria, e a coragem dos homens devem ser usados na proteção do mundo feminino como forma de garantir a cultura popular.

 

         Nos primórdios da vida, o Criador fez surgir tudo no mundo. Ele criou primeiro o Baobá, e só depois continuou a fazer tudo existir.

         Mas ao lado do baobá havia um charco. Sem vento a superfície daquelas águas ficavam lisas como um espelho. O baobá se olhava, então naquele espelho d’água. Ele se olhava e dizia insatisfeito.

- Por que não sou como aquela outra árvore?

         O baobá resolveu, então se queixar ao Criador. Entre uma queixa e outra, o Criador comentava:

- Você é uma árvore bonita. Eu gosto muito de você. Me deixe ir, pois preciso continuar meu trabalho.

         Mas o baobá mostrava outra planta e perguntava:

         Por que suas flores não eram assim tão cheirosas? E sua casca? Parecia mais a pele enrugada de uma tartaruga.

         E o criador insistia:

- Me deixe ir, para mim você é perfeito. Foi o primeiro a ser criado e, por isso, tem o que há de melhor em toda criação.

         Mas o baobá implorava:

- Me melhore aqui, e um pouco, mas ali...

O Criador, que precisava fazer homens e outros seres da África, saía andando. E o baobá o seguia onde quer que ele fosse.

         Justa a árvore que o Criador achava maravilhosa pois não era parecida com nenhuma outra, nunca ficava satisfeita. Até que, um dia o Criador foi ficando irritado, virou para o baobá e disse:

- Não me amole mais. Não encha mais a minha paciência. Pare de dizer que na sua vida falta isso e aquilo e cale-se agora.

         Foi então que o Criador agarrou o baobá arrancou-o do chão e plantou novamente. Só que ...desta vez foi de ponta-cabeça para que ele ficasse de boca calada.

          Isso explica sua aparência estranha; é como se as raízes ficassem e cima, na copa. Parece uma árvore de virada e ponta - cabeça.    LIMA, Heloísa Pires. A semente que veio da África. Salamandra. 2005. p.14-17.

QUESTÃO 08. De acordo com a lenda africana, podemos inferir que

(A) quem se cala diante das adversidades e aceita as condições impostas pela realidade não consegue progredir na vida

(B) devemos perseverar diante das injustiças que nos acometem buscando sempre aquilo que almejamos para nosso futuro.

(C) só tentando e não desistindo conseguiremos nossos objetivos. A busca incessante daquilo que pretendemos ter é o guia para viver melhor.

(D) é a insatisfação do indivíduo diante da sua condição e o desejo de obter aquilo que não tem que geram o sofrimento e o tédio diante da vida.

(E) Aprender a viver e ar feliz significa dar impulso aos nossos desejos ainda que as consequências sejam desastrosas. O que importa é não ser passivo.

 

QUESTÃO 09.  Leia o texto abaixo. Ele apresenta as explicações sobre a origem do mundo presente em algumas comunidades aborígenes da Austrália que remota a épocas milenares.

A criação: o tempo do sonho

O mar avançou e tocou a praia. [...] Lá havia brancas colinas: essas colinas são sagradas porque foi lá que os nossos Deuses Criadores desembarcaram. Eles eram dois e se aproximavam sempre mais perto para arpoar o peixe. Djankawu e Barama eram os seus nomes. Eles nos dividiram, nós os Yolngu [os aborígines], em dois grupos quechamaram de Dhuwa e Yirritja [...].No começo, tudo estava na escuridão. Os Espíritos haviam criado as pessoas e os rios, as cavernas, os rochedos e todas as coisas que vivem. Deram a cada clã sua terra, seu totem, seus sonhos [...].FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação, a história dos dominados em todo o mundo. São Paulo: Ibrasa, 2010. p. 285. (Adaptado)

O texto acima apresenta uma maneira dos aborígenes explicarem suas antigas crenças bem como os aspectos de sua cosmologia. Um outro motivo reside no fato de ser necessário

(A) a reprodução das explicações de forma científica e racional do patrimônio cultural.

(B)a manutenção dos laços sociais cuja subordinação se reflete no modelo de organização social.

(C) que os ensinamentos sejam repassados para outras gerações objetiva a preservação da memória dos arborígenes.

(D) a perpetuação dos costumes e a manutenção das crenças cosmológica de que o cotidiano é determinado pelas divindades

(E) manter viva as explicações fanáticas sobre a origem humana cuja ações são marcada pela fatalidade e desígnio sobrenatural.

 

Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo, num novo modelo de estruturação societária. Novo porque surge como uma etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada pela redefinição de traços culturais delas oriundos.  num povo tão sacrificado, que alenta e comove a todos os brasileiros. Ribeiro, Darcy. O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras. 1995, p.19. (Adaptado)

QUESTÃO 10. Explicando o Sentido do Brasil e a sua formação, Darcy Ribeiro, renomado antropólogo brasileiro, aponta

(A) que a confluência de nossas matrizes foi regida pelos nativos.

(B) que o distanciamento entre as raças foi benéfico para a nossa formação.

(C) as contribuições dos ameríndios e africanos para a cultura de nosso país.

(D)que nossa origem sincrética nos legou formação sociais defasadas e dispares.

(E) para a nossa estrutura societária como um modelo novo dissociado das influências culturais distintas.

 

A epopeia Mandinga - " Sou griot. Meu nome é DjeliMamaduKuyatê, filho de BintuKuyatê e  DjeliKedianKuyatê, mestre na arte de falar. Desde tempos imemoriais estão  os  Kuyatêsa serviço dos príncipes Keita do Mandinga.: somos os sacos de palavras, somos o repositório que conserva segredos multisseculares. A arte da palavra não apresenta qualquer segredo para nós; sem nós os nomes dos reis cairiam em esquecimento; nós somos a memória dos homens; através da palavra, damos vida aos fatos e façanhas dos reis perante as novas gerações. [...] A história não tem mistério algum para nós; ensinamos ao vulgo tudo que aceitamos transmitir-lhes; somos nós que detemos as chaves das dozes portas do Mandinga. [...] Ensinei a reis a história de seus ancestrais, a fim de que a vida dos antigos lhes servisse de exemplo, pois o mundo é velho, mas o futuro deriva do passado"  NIANE, TamsirDjidril. Sundjata, ou a epopéia mandinga. SãoPaulo. Atica, 1982. p.11

QUESTÃO 11. A importância dos griots para o povo mandinga destacado no texto reside no fato deles serem pessoas:

(A)demonstravam que a história seria fruto das ações dos grandes homens condutores do progresso e avanços do povo mandinga.

(B) que mantinham vivas as tradições e garantiam a transmissão do conhecimento, da história e dos costumes de antigas gerações.

(C) responsáveis por transmitir, utilizando poemas, músicas e narrativas, a história e a tradição dos dominantes como forma. de garantir a submissão.

(D) que dominavam a escrita e serem os únicos com importância social dentro do povo mandinga daí a necessidade dos grupos inferiores e superiores.

(E) preservar a memória e garantir a preservação da identidade cultural do povo mandinga somente através da exaltação dos reis e do esquecimento das pessoas comuns.

 


QUESTÃO 12 
  A fabricação artesanal de panelas de barro (Ofício das Paneleiras de Goiabeiras)  foi registrado como Patrimônio Imaterial em 2002. O processo de produção no bairro Goiabeiras Velha, em Vitória (ES), emprega técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural. A panela de barro, fruto de um conjunto de saberes, constitui suporte indispensável para o preparo da típica moqueca capixaba. (Autor: DPI/IPHAN Edição: 2006 Páginas: 70 Publicação: IPHAN ). A referida fabricação artesanal, constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes.

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

(C) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(D) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

 

 

Carimbó é agora patrimônio  (...)brasileiro


O carimbó acaba de se tornar Patrimônio  (...) do Brasil. O registro foi aprovado por unanimidade nesta quinta-feira (11/9), em Brasília, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, formado por representantes da União e da sociedade civil. Criado no século XVII por negros africanos do nordeste do Pará e com influências indígena e ibérica, o carimbó é uma das mais tradicionais expressões culturais do estado do Pará e da região amazônica brasileira.

O registro do carimbó foi comemorado em ato público realizado nesta manhã em Belém do Pará, com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy. "Quando se tem uma expressão cultural deste porte e não há a chancela do Estado, ela tende a desaparecer ao longo dos anos", afirmou a ministra. "Com o reconhecimento do Estado, o carimbó passa a ser perene, é patrimônio brasileiro", observou.

(...)Pau que produz som – Apesar de a manifestação cultural ter se originado entre os escravos, o nome carimbó tem origem indígena. Vem do tupi korimbó (pau que produz som), junção de curi (pau oco) e m'bó (furado, escavado). Os primeiros carimbós – ou curimbós – eram feitos de madeira oca e cobertos, em uma das extremidades, por couro de veado. Com o tempo, carimbó passou a referir-se não apenas aos tambores, mas também à dança associada ao ritmo produzido pela percussão.

Hoje, a expressão carimbó é utilizada majoritariamente como referência à expressão que envolve festa, música e coreografia características e tradicionalmente reproduzidas no nordeste paraense. Os temas das canções, em geral, são alusivos a elementos da fauna e da flora da região, ao dia a dia do trabalho e às práticas cotidianas. Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura - Com informações do Iphan 11.09.2014

QUESTÃO 13    A referida manifestação artística paraense, constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

(C) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(D) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

 



Festa do Divino Espírito Santo vai acontecer em Natividade (TO)

A festa do Divino Espírito Santo, uma das mais belas e tradicionais do país, vai acontecer em Natividade (TO) entre os dias 23 e 24 de maio de 2015. Serão dois dias de programação intensa e celebrações. No sábado acontece a procissão da Esmola Geral, quando a população vai para as ruas recolher donativos para festa principal. 

No mesmo dia à noite, é a vez da Festa do Capitão do Mastro. Após a missa, o Capitão é levado até a porta da Igreja Matriz em cima de um tronco de aproximadamente cinco metros de altura. A população acompanha os festejos e a procissão, com danças e brincadeiras. A folia só termina ao amanhecer.

No dia 24 de maio é o Domingo de Pentecostes, o grande dia do Reinado, Coroação do Imperador, Missa Solene e Transmissão dos Cargos. Esses acontecimentos são realizados sempre 50 dias após a Páscoa. A missa é o momento mais esperado. Durante a celebração é simbolizada as bênçãos e graças derramadas pelo Espírito em sete dons, Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor a Deus. Ao final, os fiéis recebem de lembrança o pão do Divino e acompanham o Reinado até a casa do Imperador, onde uma grande festa é realizada.

A festa do Divino acontece em Natividade desde 1904. Mas a origem da celebração vem do século XIV, em Portugal. A história conta que D. Isabel, esposa de D. Dinis, rei de Portugal, fez uma promessa de alimentar os famintos, vestir os nus e oferecer sua coroa ao Divino em troca de paz. A graça teria sido alcançada e a promessa cumprida, e assim, ficado a crença de que o santo acabaria com a peste, fome e guerra. O culto passou a ser difundido nos países colonizados pelos portugueses, caso do Brasil.

http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/2190/festa-do-divino-espirito-santo-vai-acontecer-em-natividade-to

QUESTÃO 14   A referida festa, constitui-se em um Patrimônio e deverá estar registrado em

(A) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

(B) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

 

 

 

 

Acervo Iphan



A Cachoeira de Iauaretê, ou Cachoeira da Onça - Cachoeira de Iauaretê - Lugar Sagrado dos Povos Indígenas dos Rios Uaupés e Papuri - corresponde a um lugar de referência fundamental para os povos indígenas que habitam a região banhada pelos rios Uaupés e Papuri, reunidos em dez comunidades, multiculturais na maioria, compostas pelas etnias de filiação linguística Tukano Oriental, Aruaque e Maku. (  ...) . Localizada na região do Alto Rio Negro, distrito de Iauaretê, município de São Gabriel da Cachoeira, ela corresponde a um lugar de referência fundamental para os povos indígenas que habitam a região banhada pelos rios Uaupés e Papuri.

Várias pedras, lajes, ilhas e paranás da Cachoeira simbolizam episódios de guerras, perseguições, mortes e alianças descritos nos mitos de origem e nas narrativas históricas destes povos. Locais onde ocorreram fatos marcantes relacionados à criação da humanidade e ao surgimento de suas respectivas etnias. Esses lugares remetem à criação das plantas, dos animais e de tudo o que seria necessário à vida no local e à sobrevivência dos descendentes dos primeiros ancestrais. No processo de Registro estão documentados 17 desses pontos de referência na Cachoeira de Iauaretê, testemunhos fundamentais da fixação desses grupos naquele território.

Para as dez comunidades multiculturais locais, na maioria compostas pelas etnias de filiação lingüística Tukano Oriental, Arauaque e Maku, a Cachoeira de Iauaretê é seu Lugar Sagrado, onde está marcada a história de sua origem e fixação nessa região. A história do estabelecimento das relações de afinidade que vêm permitindo, até hoje, a convivência e o compartilhamento de padrões culturais entre esses diversos grupos que coabitam o mesmo território, há milênios.

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/60/

QUESTÃO 15.   A referida descrição da cachoeira acima constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Lugares.

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes.

(C) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

(D) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Histórico.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

 

 

 

 

 


http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/71

QUESTÃO 16   O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é uma celebração religiosa que ocorre em Belém do Pará, inscrita nem 2004. Os festejos, que envolvem vários rituais de devoção religiosa e expressões culturais, e reúnem devotos, turistas e curiosos de todas as partes do Brasil e de países estrangeiros, constituem um momento anual de reencontro e devoção.  (Autor: DPI/IPHAN Edição: 2006 Páginas: 101 Publicação: IPHAN) A referida prática  religiosa, constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Histórico

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

 


QUESTÃO 17 
  A fabricação artesanal de panelas de barro (Ofício das Paneleiras de Goiabeiras)  foi registrado como Patrimônio Imaterial em 2002. O processo de produção no bairro Goiabeiras Velha, em Vitória (ES), emprega técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio natural. A panela de barro, fruto de um conjunto de saberes, constitui suporte indispensável para o preparo da típica moqueca capixaba. (Autor: DPI/IPHAN Edição: 2006 Páginas: 70 Publicação: IPHAN ). A referida fabricação artesanal, constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes.

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

(C) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(D) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

 


 
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/71

QUESTÃO 18    A Arte Kusiwa é um sistema de representação gráfica próprio dos povos indígenas Wajãpi, do Amapá, que sintetiza seu modo particular de conhecer, conceber e agir sobre o universo.  ( Fonte – IPHAN Autor: DPI/IPHAN Edição: 2008 Páginas: 140 Publicação: IPHAN ) A referida Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi, constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

 

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes.

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

(C) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(D) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

 


Centro Histórico de Goiás (GO) Imagem

A cidade de Goiás é testemunha da ocupação e da colonização do Brasil Central nos séculos XVIII e XIX. As origens da cidade estão intimamente ligadas à história das bandeiras que partiram principalmente de São Paulo para explorar o interior do território brasileiro. O conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do centro histórico de Goiás foi tombado pelo Iphan em 1978 e o reconhecimento como Patrimônio Mundial veio em 16 de dezembro de 2001. http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/36

QUESTÃO 19.   O referido Centro, constitui-se em um Patrimônio e deverá estar registrado em

(A) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

(B) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

 


 
(...) É praticado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste brasileiro. Acontece nas festas de santos católicos e divindades afro-brasileiras, nas festas juninas, nas festas do Divino, no 13 de maio da abolição da escravatura. É uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação de identidades. Tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua bantu. São sugestivos dessas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico da umbigada.

No Brasil, o jongo consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar, no sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba. Trata-se de uma forma de comunicação desenvolvida no contexto da escravidão e que serviu também como estratégia de sobrevivência e de circulação de informações codificadas sobre fatos acontecidos entre os antigos escravos por meio de pontos que os capatazes e senhores não conseguiam compreender. O Jongo sempre esteve, assim, em uma dimensão marginal onde os negros falam de si, de sua comunidade, através da crônica e da linguagem cifrada. É também conhecido pelos nomes de tambu, batuque, tambor e caxambu, dependendo da comunidade que o pratica.

Iniciado o toque dos tambores, forma-se uma roda de dançarinos que cantam em coro, respondendo ao solo de um deles. Os tambores e os batuqueiros estão sempre na roda ou perto dela. São várias as maneiras de se dançar o jongo. Sozinhos ou em pares os praticantes vão ao centro da roda, dançam até serem substituídos por outros jongueiros. Muitas vezes nota-se, no momento da substituição, o elemento coreográfico da umbigada. – http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/228/

QUESTÃO 20.   A referida manifestação artística do sudeste, constitui-se em um Patrimônio e é registrado em Livros, respectivamente,

(A) Patrimônio cultural Imaterial - Livro dos Saberes.

(B) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Histórico.

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

 

 

 

 

QUESTÃO 21   Observe o texto da Fazenda Resgate, em Bananal, localizada na região do Vale do Paraíba paulista .

..São 21 quartos, dos quais cinco são alcovas, onde as moças dormiam vigiadas pelos pais. Sua sala de visitas é adornada em estilo rococó. ...Pertencia a Manoel de Aguiar Vallim, a Resgate chegou a produzir 1% da riqueza nacional. Na época, a fazenda era quase autossuficiente. Só importava sal e peixe salgado. Produzia anil, fumo, açúcar mascavo e algodão, com o qual se teciam as roupas usadas pelos escravos. (...) Longe de manter a Resgate para o próprio deleite, Braga [atual proprietário da fazenda] permite que grupos de estudantes visitem o casarão... „Eu me considero uma espécie de fiel depositário da Resgate. Acho justo que as pessoas tenham acesso à memória do  país . (Angela Pimenta. Pá na memória. Revista Veja, 24/04/1996, edição 1441, p. 122-125).

 De acordo com o texto podemos inferir que a Fazenda Resgate

(A) deve ser entendida como propriedade patrimonial familiar, não possuindo aspectos de Patrimônio Nacional.

(B) apresenta a situação atual devido a inoperância do Ministério da Cultura com a riqueza patrimonial brasileira.

(C) um lugar de acesso à memória e a vida dos escravos da região, confinados em alcovas com aspectos insalubres típicos da época.

(D) tem em um dos seus aspectos a decadência patrimonial pois a mesma é vista pelo seu proprietário  como algo improdutivo para  o Brasil.

(E) constitui um elemento patrimonial histórico, econômico essencial do período da cafeicultura da região, bem como aspectos da memória do país.



O Parque Nacional Serra da Capivara foi criado em 1979, para preservar vestígios arqueológicos da mais remota presença do homem na América do Sul. Sua demarcação foi concluída em 1990 e o parque é subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Por sua importância, a Unesco o inscreveu na Lista do Patrimônio Mundial em 13 de dezembro de 1991, e também na Lista Indicativa brasileira como patrimônio misto.  http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/42/ QUESTÃO 22    O referido parque, constitui-se em um Patrimônio e deverá estar registrado em

(A) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

(B) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

 

 





Tomara - Alceu Valença
Tomara meu Deus, tomara
Que tudo que nos separa
Não frutifique, não valha
Tomara, meu Deus
Tomara meu Deus, tomara
Que tudo que nos amarra
Só seja amor, malha rara
Tomara, meu Deus
Tomara meu Deus, tomara
E o nosso amor se declara
Muito maior, e não pára em nós
Se as águas da Guanabara
Escorrem na minha cara
Uma nação solidária não pára em nós
Tomara meu Deus, tomara
Uma nação solidária
Sem preconceitos, tomara
Uma nação como nós.

Questão 23. A imagem e a letra da música enfatizam:

(A) o nacionalismo como forma de manutenção dos valores humanos em nossa sociedade.
(B) o sentimentalismo e o saudosismo ilusório como elementos alienantes do convívio social no Brasil.

(C) a necessidade de convivermos com diversidade, respeito e tolerância para a manutenção da paz em nosso país.

(D) as causas da violência urbana que aflige milhões de brasileiros e é provocada pela imprudência e discussão no trânsito. 

(E) a busca incessante da crença religiosa como redentora dos problemas sociais, econômicos e políticos que afetam os brasileiros.

PARATODOS   - CHICO BUARQUE
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes/ Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto./Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara/ Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45158/

 Questão 24. A canção Paratodos apresenta as origens familiares do autor através de diversos estados brasileiros bem como cita diversos nomes de cantores e compositores da Música Popular Brasileira (MPB). A mesma procura caracterizar
(A) as divisões regionais e culturais presentes na sociedade brasileira.

(B) a inexistência de um sentimento de brasilidade em nosso país.

(C) a diversidade cultural do país e reforçar a identidade nacional.

(D) a língua oficial do país expressa nas canções desses artistas.

(E) o nacionalismo oficial determinado pelo Governo Federal.

 

Inclassificáveis - Arnaldo Antunes

que preto, que branco, que índio o quê?

que branco, que índio, que preto o quê?

que índio, que preto, que branco o quê?

que preto branco índio o quê? branco índio preto o quê?

índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos

cafuzos pardos mamelucos sararás

crilouros guaranisseis e judárabes

orientupis orientupis   ameriquítalos luso nipo caboclos

orientupis orientupis   iberibárbaros indo ciganagôs

somos o que somos inclassificáveis

http://www.vagalume.com.br/arnaldo-antunes/inclassificaveis.html

 QUESTÃO 25.      A letra da canção de Arnaldo Antunes, através de sua letra nos ajuda a refletir em relação

(A) a identidade  e a diversidade cultural de nossa formação.

(B) a necessidade de incorporação das diversas etnias na economia brasileira.

(C) a homogeneização cultural brasileira através dos costumes e crenças religiosas.

(D) a complexidade  linguística e semântica tão presente nos vocábulos falado em nosso país.

(E) a dificuldade de classificar o povo brasileiro, marcado pela forte influência do branco europeu.

 

Maracatu Rural - O maracatu de baque solto, maracatu de orquestra, maracatu de trombone, maracatu de baque singelo ou Maracatu Rural ocorre durante as comemorações do Carnaval e da Páscoa. É composto por dança, música, poesia e está associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata, e também tem apresentações na Região Metropolitana do Recife e outras localidades.  Esta herança imaterial é revelada em gestos, performances, nos pantins de caboclos e dos arreiamás, na dança das baianas, nas loas dos mestres e nas indumentárias vestidas pelos folgazões. A expressão do Maracatu Baque Solto está tanto na sua musicalidade, um tipo de batuque ou baque solto, como em seus movimentos coreográficos e indumentária dos personagens e pela riqueza de seus versos de improviso.

O aspecto sagrado/religioso/ritualístico é presente no folguedo durante todo o ano, durante os ensaios e sambadas, dando à manifestação a característica de ser o segredo do brinquedo, tão caro a seus detentores.

QUESTÃO 26     A referida  manifestações artística , constitui-se em um Patrimônio e deverá estar registrado em

(A) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

(B) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

Cavalo-Marinho  - O Cavalo-Marinho é uma brincadeira popular envolvendo performances dramáticas, musicais e coreográficas apresentada durante o ciclo natalino.  Seus brincadores são, em geral, trabalhadores da Zona da Mata, mas também ecoa na região metropolitana de Recife e de João Pessoa (PB), entre outras localidades. No passado, era realizado nos engenhos de cana-de-açúcar e seu conhecimento era transmitido de forma oral. Durante a apresentação, são representadas as cenas do cotidiano e do mundo do trabalho rural, com variado repertório musical, poesia, rituais, danças, linguagem corporal, personagens mascarados e bichos, como o boi e o cavalo (que dá nome à brincadeira). A apresentação conta ainda com louvação ao Divino santo Rei do Oriente e possui momentos em que há culto à Jurema Sagrada.  http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/37

QUESTÃO 27.     A  referida  manifestações artística , constitui-se em um Patrimônio e deverá estar registrado em

(A) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

(B) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

(C) Patrimônio cultural Material – Livro do Tombo das Belas Artes.

(D) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das Formas de Expressão.

(E) Patrimônio cultural Imaterial - Livro das celebrações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PRÉ – HISTÓRIA

 

Bebida é água! Comida é pasto! Você tem sede de que? Você tem fome de que?...A gente não quer só comida A gente quer comida Diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída Para qualquer parte... A gente não quer só comida A gente quer bebida Diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida Como a vida quer... A gente não quer só comer A gente quer comer E quer fazer amor A gente não quer só comer A gente quer prazer Pra aliviar a dor... A gente não quer Só dinheiro A gente quer dinheiro E felicidade A gente não quer Só dinheiro A gente quer inteiro E não pela metade... Diversão e arte Para qualquer parte Diversão, balé Como a vida quer Desejo, necessidade, vontade Necessidade, desejo, eh! Necessidade, vontade, eh! Necessidade.

Link: http://www.vagalume.com.br/titas/comida.html#ixzz2bD70yHmi

QUESTÃO 1.As necessidades humanas não se limitam à alimentação e à sobrevivência.  A pintura rupestre que associa à música está presente na letra

   a)                                                   



 b)   




c)




d)





e)








De um estado de barbárie homogêneo e mais ou menos estático, vai nascer a complexidade de aspectos do mundo moderno. Esta transformação, de consideráveis consequências, foi extraordinariamente rápida e começou durante o quarto milênio a. C. Longe de ser geral, ela se produziu em algumas regiões onde as condições de vida lhe eram favoráveis. Nessas regiões, a vida do homem modificou-se muito rapidamente, enquanto na maior parte do mundo o modo de existência primitivo persistiu durante séculos, talvez milênios."        (J. Hawkes, Histoire de l'Humanité, Ed. UNESCO)

QUESTÃO 02 (C6H29)      O texto faz referência a uma das transformações ocorridas no Período Neolítico, em que se destaca

(A) a criação das crenças religiosas baseadas no sobrenatural.

(B) a sedentarização do homem com o surgimento da agricultura.

(C) a formação dos impérios com as configurações sociais familiar.

(D) a elaboração das teorias políticas na qual se buscou legitimas a existência do Estado.

(E)o desenvolvimento das formas de exploração humana com o advento do excedente produtivo.

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 03 (C1H3)   Observe a charge abaixo.



Na charge, percebe-se, ao fundo, uma chaminé típica das indústrias, enquanto as duas personagens procuram ascender o fogo com pedras - uma típica referência à Pre- História. O autor da Charge procura satirizar

(A) a exclusão social

(B) a igualdade jurídica

(C) a tolerância religiosa

(D)o preconceito e o racismo

(E) a equidade nas relações humanas

À grande transformação econômica da Idade do Bronze dá-se o nome de Revolução Urbana. Essa revolução correspondeu à passagem das comunidades agrícolas autossuficientes para cidades, com comércio e artesanato especializado. A agricultura continuou como a principal atividade econômica, mas a economia, antes agrícola e pastoril, ganhou maior diversidade e complexidade com a multiplicação dos ofícios ou profissões e com o estabelecimento de um sistema regular de trocas. Assim, por volta de 3000 a.C., o Egito, a Mesopotâmia e o Vale do Indo já não eram mais um conjunto de aldeias de agricultores autossuficientes, mas constituíam Estados, com uma complexa organização social." (AQUINO, R. S. et al. "História das sociedades, das comunidades primitivas às sociedades medievais". Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1980. p. 77-78. Adaptado.) 

QUESTÃO 04. (C1H3)   De acordo com o texto, uma grande transformação da Revolução Urbana foi

(A) econômica, com a retração do comércio.

(B) política, com a formação das primeiras civilizações.

(C) social, com o desenvolvimento dos laços de solidariedade.

(D) cultural, com o desenvolvimento da escrita, das rates e dos costumes.

(E) religiosas, com a criação das primeiras manifestações e crenças religiosas.

 

 

Gabarito

1.       CULTURA E PATRIMÔNIO

 

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

C

D

B

A

A

A

D

D

C

C

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

B

A

C

E

A

B

A

C

A

D

21

22

23

24

25

26

27

 

 

 

E

A

C

C

A

D

D

 

 

 

        

PRÉ- HISTÓRIA

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

C

B

A

B

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO O1- COMENTÁRIO DO PROFESSOR PIXOTE CRUZ – A canção da banda de rock Titãs, nos faz refletir sobre a nossa condição humana, muitas vezes observada pelos aspectos materiais, físicos e biológicos.  A letra nos aponta para a observância dos aspectos culturais e sentimentais tão presentes no ser humano.  A arte rupestre é um conjunto de registros e desenhos feitos em muitas paredes de cavernas e áreas rochosas por volta de 40 mil anos atrás, por grupos de Homo sapiens que registraram suas emoções, cenas de caçadas, rituais, cotidiano, suas famílias e bandos. Observe que a letra apresenta uma cena de um beijo que coaduna com a letra da canção.

QUESTÃO O2 - COMENTÁRIO PROFESSOR PIXOTE – O texto aborda as mudanças paulatinas ocorridas com os hominídeos.  Nele é possível observar as transformações provocadas pela Revolução Neolítica com o advento da agricultura que sedentarizou o espaço humano e o fixou nas terras. GABARITO LETRA B

QUESTÃO O3.  COMENTÁRIO PROFESSOR PIXOTE – a charge faz uma releitura do período Paleolítico (onde o homem vivia da caça, da pesca e da coleta, denominada por alguns de estado de barbárie) com o Período Pós-Industrial (considerado o ápice do processo civilizatório humano). No entanto observa-se em um dos personagens o uso do extintor e ausência do fósforo ou isqueiro para acender a fogueira. O extintor, peça chave trazido do seu local de trabalho não possui utilidade visto que falta o elementar: algo para ascender a fogueira, demonstrando a sua notória exclusão. GABARITO LETRA A

QUESTÃO O4.  COMENTÁRIO PROFESSOR PIXOTE – a revolução agrícola provocou a sedentarização do homem gerando a urbanização e com esta temos o aparecimento do Estado, instituição jurídico- política essencial no embrião das primeiras civilizações .GABARITO LETRA B


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