segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Ministério da Saúde calcula que só 45% dos bebês mamam com exclusividade até seis meses de vida

Foto: Divulgação


Na mãe, a amamentação pode diminuir a incidência do câncer de mama, ovário e endométrio; no bebê, reduz o risco de infecção e alergias, segundo especialistas.


O leito materno é um alimento muito rico em nutrientes, ideal para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças. É importante salientar que até os seis meses de idade do bebê, o aleitamento materno deve ser a única forma de alimentação dele. Nesse período também não é necessário oferecer água ou chás, tendo em vista que o leite materno irá suprir todas as necessidades dele de maneira exclusiva.


Após os seis meses, quando ocorre a introdução alimentar, o leite da mãe continua sendo a principal fonte, até ele completar 1 ano, mesmo sendo uma criança que aceita bem os outros alimentos. A Enfermeira Karol Carvalho da Clínica Cliame, especialista em amamentação, explica que o leite materno deve ser estendido ainda para os dois anos ou mais.


O Ministério da Saúde destaca que apenas 45% dos bebês são mantidos em aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e apenas 53% permanece em aleitamento até o final do primeiro ano de vida. São números ainda reduzidos, mas que estão em melhora em relação as pesquisas anteriores. Isso se deve principalmente às campanhas realizadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Ministério da Saúde, estimulando uma manutenção de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses e um aleitamento complementado pelo menos até o final do segundo ano de vida.


O aleitamento materno e a prevenção de doenças gastrointestinais


A médica Dra. Lidiane Landim, Pediatra e gastroenterologista, destaca que o aleitamento deve ser mantido mesmo em bebês que tenham patologias gastrointestinais próprias da idade como alergia a proteína do leite de vaca, doença do refluxo e cólica do lactente. Vale ressaltar que se o bebê tem alergia a proteína do leite de vaca, a primeira recomendação é que esse leite seja retirado da dieta e o aleitamento materno seja mantido.

O leite materno, por ser de muito mais fácil digestão, também é um fator protetor contra a doença do refluxo gastroesofágico e no que diz respeito a cólica do lactente, o leite materno age como protetor e deve ser mantido. O aleitamento materno também é um fator de inibição em algumas alterações funcionais e fisiológica do trato gastrointestinal do bebê, como refluxo fisiológico e na disquesia do lactente, que é o esforço feito para evacuar. “O aleitamento materno é importante ainda na formação da microbiota do bebê, que são as bactérias presentes na flora intestinal”, disse Lidiane.


O aleitamento materno traz inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, melhorando o vínculo entre eles, reduzindo ainda o risco de algumas doenças alérgicas e infecciosas no bebê e, por ser um leite de muito mais fácil digestão, ameniza as cólicas do lactente, além de diminuir a incidência do câncer de mama, ovário e endométrio nas mães.


Enfermeira Karol Carvalho, especialista em amamentação


Gastropediatra, Lidiane Landim



*Da redação do Blog do Mateus Silva com Assessoria Commonike

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