terça-feira, 30 de junho de 2020

Cabeto prevê pico da doença em três semanas no Cariri e evita falar sobre culpados da crise na região

Foto: Guto Vital
Atraído ao Cariri pelo aumento vertiginoso do número de casos de coronavírus na região, o secretário estadual Dr. Cabeto (Saúde), evitou falar sobre a gestão dos prefeitos no combate ao vírus. Em entrevista coletiva no Hospital Regional do Cariri (HRC) na tarde de ontem (29), Cabeto disse que o pico da doença pode ser daqui três semanas na região.


Isso, contudo, não é uma assertiva. Segundo Cabeto, esse tempo pode ser superior ou inferior, dependendo dos números. Em Crato, Juazeiro e Barbalha, a doença teve alta superior a 800% no último mês. Os dados do IntegraSUS mostram que já são mais de 3.800 casos nas três cidades.

Com isso, a prefeitura de Juazeiro promete, até o fim dessa semana, entregar o o hospital de campanha. Serão 120 leitos na estrutura. O equipamento está em atraso, e foi uma das primeiras medidas anunciadas pela Secretaria de Saúde de Juazeiro, ainda quando não havia nenhum óbito.

O secretário visitou, no Ginásio Poliesportivo, o hospital. Apesar de ser uma iniciativa da prefeitura, há, segundo fontes ligadas ao setor, a chance de o governo do estado participar financeiramente para acelerar o processo de funcionamento.
Respiradores

Há a expectativa da chegada de 300 respiradores da China. Esse lote faz parte de uma remessa maior adquirida pelo Governo do Estado. Com os índices se alastrando pelo interior, eles serão enviados para as cidades específicas. O Cariri será contemplado, mas o secretário não especificou quantas unidades serão.

Há também a possibilidade, dependendo do agravamento do quadro, de profissionais da saúde serem transferidos para municípios no sul do estado. O intervalo-chave serão os próximos dias.

Questionado sobre uma avaliação de possíveis motivos para que o Cariri esteja hoje com alta nos casos, Cabeto desconversou. O secretário afirmou que esse é o cenário em outras cidades, estados e países. Frisou também que não é hora de apontar culpados, e que tem a prioridade de estabilizar a curva.



*Da redação do Blog do Mateus Silva com Felipe Azevedo/Site Miséria.

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