quinta-feira, 28 de setembro de 2017

UM RELATO SOBRE A CULTURA ROCK EM BREJO SANTO

Olá amigos que acompanham nosso blog. Estamos iniciando um projeto que falará do surgimento da Cultura Rock em Brejo Santo e de todas as edições do São Rock. Já são 9 edições cheias de histórias, e matérias interessantes. Começaremos com uma breve introdução. Confira:


TUDO DEPENDE DA FORÇA DA CONSEQUÊNCIA!


O ano 2005, a ideia, um anseio de muito tempo de uma turma que são mais que amigos, são irmãos unidos por um sentimento que transcende a música tornando o ROCK a trilha sonora de suas vidas.



Essa irmandade une gerações desde nossa adolescência passando pela rebeldia dos anos 80, dos momentos inesquecíveis de PATRISSOM, encontros na Praça Dionísio Rocha de Lucena, da esquina da Cinderela, dos primeiros porres, primeiras paixões, Colégio Padre Viana, campeonatos de futsal do BSUC e tudo isso tendo a fundo a trilha inesquecível do Rock. O Kid Abelha de Pixote, o Hanoi-Hanoi de Mozar, o Barão Vermelho de Nenen, Zebrinha e Deí, a Peble Rude de Jailson, o Titãs de Henrique Kwekão e  Bráulio, o Lobão de Zé Mamão, os Engenheiros do Hawaii de Francisco José (Beiço), a Legião de Zé Veim, Haroldo, Novo, Delei, entre tantos outros que não foram aqui citados.
Essa geração influenciou a Turma do Metal que surge nos anos 90, são os mentores e a inspiração de muitos jovens. Uma troca e compartilhamento do então novo com o passado, solidificando e dando características do que realmente é o ROCK, uma grande família.
Os anos 90 foram tão significantes quanto os anos 80, a garotada chega com o metal, grunge e a forte cena do Rock Nacional impactando e criado vertentes sempre buscando inspiração no passado fazendo essa ponte que une todas as gerações. O novo se completa com a magnitude do passado.
Os encontros ainda continuam na Praça, a nova geração acompanha os mais velhos, tornando pouco a pouco uma só geração! A Caldeira do Inferno torna-se o ponto ao centro desse turbilhão de musicalidade. Berço da boemia clássica de Brejo Santo reserva aos pouco espaço para essa nova geração e sexta e sábado torna-se, a partir de dado momento em que a velha guarda vai se retirando, a casa do Rock. Assume-se o posto de comando, fita cassete na mão, caneta na outra, os saudosistas entenderão, as melhores coletâneas gravadas nas BASF super chrome e então assim o Rock vai cumprindo seu dever.
Com boa parte da turma morando fora as férias tornavam-se muito intensas, discos novos, novas bandas que surgem são apresentadas, as boas discussões de qual era melhor banda, as tentativas de formar uma banda, as famosas camisas de bandas, os encontros na banca de revista de Maninho para comprar a BIZZ, os pedidos de LPs, CD´s e as gravações de fitas K7 com Nazareno na loja Laser Disk de Adilson, os STATUS em que ficávamos ansiosamente aguardando a seção Rock, o surgimento da MTV com o advento da popularização das antenas parabólicas, tudo isso e muito mais serviam de ebulição para a fomentação da Cultura Rock em Brejo Santo.
Outro fato marcante nessa história foram às festas na Maçonaria. Nas férias reunimos todos os amigos para uma noite de muito Rock e o lugar era a Loja Maçônica Luz do Cariri do Grande Oriente do Brasil. Através de Gladja (Gal), filha do saudoso Antonino (Kbo Xico), que era Maçom, tivemos acesso ao salão de banquetes e lá foram feitas muitas festas INESQUECÍVEIS, essas festas foram às precursoras do que um da se tornaria o São Rock.
Essa magia que só a música é capaz de fazer traz consigo sonhos de um dia ter um grande evento de Rock em nossa cidade. Esse sonho se intensifica com a ascensão de cada um em suas vidas, uns estudam fora, outros seguem aqui suas vidas seja em seus trabalhos, seja constituindo família, mas sempre com o Rock ao seu lado fazendo o seu caminho mais inspirador.
Sonho esse que Zé Podão nutria e sempre deixava claro que um dia realizaria. Deus o levou, mas o sonho dele ficou como inspiração para seus irmãos. Zé era o elo entre os mais experientes e os mais novos, transitava em todos os lugares, por todas as turmas com naturalidade que lhe era bem peculiar, muito queridas por todos e de forma única viveu intensamente cada um dos seus 27 anos de vida, assim como seus heróis, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Kurt Cobain, deixa a cena no auge da sua vida e de seus planos. A perda inesperada e trágica de uma amigo/irmão mexe com todos e assim nasce o desejo de realizar esse sonho em comum também como forma de prestarmos uma grande homenagem a ele.
“Tudo depende da força da consequência.” José Moreira de Sousa (Zé Podão) - *29/12/1976  +21/02/2004.
Esse breve texto faz parte da nossa história e tenho certeza de todos os mais próximos que fizeram parte direta ou indiretamente desse ROCK HISTÓRIA. Esse é o principio de um projeto que queremos contar a história do SÃO ROCK e suas nove edições (2005 – 2007 – 2009 – 2010 – 2011 – 2012 – 2013 – 2014 e 2016).
“E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos.”
Metal contra as nuvens. Legião Urbana

Por Jailson Gabriel de Melo

5 comentários:

  1. fantástico, deu vontade de conhecer os protagonistas e essa cena!

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  2. Belas palavras que deixaram em mim um sentimento gostoso de nostalgia de algo que eu nem se quer vivi. Viva o São Rock. Vida longa ao Rock n' Roll 🤘

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