terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Pesquisadores de Brejo Santo participam de antologia literária sobre Lampião, Cangaço e Coronelismo


Os pesquisadores Bruno Yacub Sampaio Cabral, José Francisco Gomes de Lima e Wilton Santana Filho, participam de antologia literária sobre Lampião, Cangaço e Coronelismo, com os artigos: "Análise da entrevista que Lampião concedeu em Brejo Santo-CE, em 1926"; "O Fogo do Roda, a maior batalha do Cangaço" e "O Cangaceiro Oliveira", respectivamente.

O livro "Lampião, Cangaço e Coronelismo", trata-se de uma coletânea literária, onde reúne artigos de vinte e três pesquisadores, de nove estados do país, organizado pelo Professor Adriano de Carvalho Duarte, que de forma corajosa e demostrando muito amor às letras, e aos temas nordestinos, resolveu publicar. 


O pesquisador José Idemberg Nobre de Sena, natural de Ibicutinga-CE e participante da coletânea, com o artigo “Pra tirar raça”, teceu os seguintes comentários sobre os artigos dos colegas brejo-santenes.


Bruno Yacub Sampaio Cabral - Análise da entrevista que Lampião concedeu em Brejo Santo-CE, em 1926:


“Devagar, mas caminhando sempre com a visão, aporto em Cangaço No Brejo: Análise da Entrevista Que Lampião Concedeu em Brejo Santo/CE, em 1926, artigo bem delineado do já reconhecido escritor e historiador Bruno Yacub Sampaio Cabral. Neste artigo, mais do que ter acesso as importantes declarações de Lampião fornecidas pessoalmente à Francisco Saraiva Xavier, cuja pureza da fonte, bem consumida, nos pode matar a sede de conhecimentos. Muitas questões foram levantadas, todas respondidas, na bucha, pelo cangaceiro maior. Nos presenteia ainda o articulista com algumas fotografias da época pertinentes ao tema abordado. (p. 71 a 78).”


José Francisco Gomes de Lima - O Fogo do Roda, a maior batalha do Cangaço:


“O artigo de José Francisco Gomes de Lima, O Fogo do Roda, a Maior Batalha do Cangaço, não vai escapar de mim. Concordo logo de início com o articulista de que “a história do Brasil é muito confusa desde a sua origem”, acrescentando apenas interrogativamente que: Não será esse o propósito dos historiadores ancestrais que escreviam com a tinta patrocinada pelo poder? Lançada a indagação, não vamos fugir do foco. José Francisco fala, com conhecimento adquirido sobre o famoso Fogo da Macambira, aqui denominado de Fogo do Roda, incompetentemente comandado pelo oficial cearense Major Moisés de Figueiredo, mormente pela desproporção das fileiras combatentes: cinquenta cangaceiros mal armados e cansados, contra aproximadamente 400 soldados, bem armados, bem municiados e mais descansados, pelo menos em relação aos foras da lei. Nos informa o articulista que o início da batalha se deu por volta das seis ou sete horas da manhã. Justifica a denominação do Fogo do Roda em decorrência da estratégia de Lampião em combater em círculos, surpreendendo os adversários. Vitorioso, Lampião, no Fogo do Roda (Fogo da Macambira), continuou seguindo rumo ao Ceará, diretamente para a tocaia armada por seu famoso coiteiro Isaías Arruda, da qual logrou escapar. (p. 191 a 199).”


Wilton Santana Filho  - O Cangaceiro Oliveira:


“Vou direto, sem demora, ao penúltimo artigo do livro Lampião, Cangaço e Coronelismo, à sombra de Wilton Santana Filho, seguindo seus passos históricos e literários para melhor conhecer O Cangaceiro Oliveira. O autor narra uma daquelas surpresas que nos faz refletir sobre “as voltas que o munda dá”. Observou, durante um almoço em família, em plena semana santa, a educação de um agricultor, já cinquentão, chamado Antônio Norberto. Na ocasião, o autor acompanhava o seu avô Antônio da Piçarra, o qual foi indagado se conhecia Antônio Norberto. Embora dizendo não lhe ser estranha a fisionomia do agricultor que lhe foi apresentado com esse nome, disse não o conhecer. O próprio Norberto identificou-se como sendo Oliveira, antigo cangaceiro que atuou no bando de Lampião entre os anos de 1926 e 1928, quando ainda era um adolescente, deixando todos pasmos, principalmente Antônio da Piçarra que o conhecera quando o cangaceiro, hoje agricultor, tinha apenas 15 anos de idade. Uma revelação ainda se faz destacar. Confessou o antigo bandoleiro Oliveira, que não ingressou no cangaço somente para vingar a morte de seu pai, embora o mesmo tenha sido assassinado covardemente, mas principalmente porque admirava a vida do cangaceiro e tinha grande fascínio pela vida aventureira que o mesmo levava. Muitas outras histórias envolvendo o cangaço e o cangaceiro Oliveira foram contadas e não vos conto todas por não ter o mesmo dom do articulista para tal. (p. 265 a 270).”


Para adquirir o livro: Instagram Adriano Carvalho (Clique aqui)





*Da redação do Blog do Mateus Silva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário