Foto: Valéria Alves - HRC |
O Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), registrou, nesta semana, o sexto mês de redução na quantidade de pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAV) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) II. No setor, funciona, de forma experimental, o Saúde em nossas mãos, projeto em parceria com o Hospital do Coração (Hcor) por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
A iniciativa objetiva reduzir, em 30% das principais infecções nas UTIs e no período de 24 meses, a PAV, a infecção do trato urinário (ITU) e a infecção primária de corrente sanguínea (IPCS). A melhoria obtida no número de pneumonias, maior desafio para a UTI II, foi de 57% em apenas oito meses de projeto.
O dado foi confirmado nesta semana após visita da equipe do Hcor. O grupo conheceu de perto o trabalho realizado na unidade, em especial na UTI II, onde a proposta foi implantada em setembro do ano passado. O Saúde em Nossas Mãos é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Proadi-SUS, e conta com a colaboração de seis hospitais: Alemão Oswaldo Cruz; BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Hcor; Moinhos de Vento; Albert Einstein e Sírio-Libanês). Para participar, o HRC passou por uma seleção em junho de 2021.
Engajamento dos profissionais
Para a coordenadora do projeto pelo Hcor, Cristiana Prandini, a visita ao HRC foi bastante satisfatória. “Percebemos a preocupação com a qualidade e com a segurança; que isso já está no dia a dia. A gente percebe esse engajamento em toda a equipe da UTI”, avaliou Prandini, destacando que o propósito do projeto “é melhorar a saúde da população no Brasil e não ter fronteiras”. “Porque a população precisa e a gente sabe que temos muitas instituições de saúde comprometidas, que querem essa melhoria, querem melhorar a saúde da população, trazer qualidade na assistência. E a gente está aqui pra ajudar, apoiar, indicar, trazer novas ferramentas, novas metodologias. Esse o propósito: salvar vidas reduzindo as infecções”, continuou.
A expectativa, agora, é expandir o projeto aos poucos para as outras UTIs do HRC. “Não é algo tão simples; é preciso muito esforço das equipes de assistência e de gestão, que devem acompanhar tudo de perto. Com a experiência da UTI II, nós já vimos que isso é possível, então, aos poucos, a gente vai trabalhando para melhorar a assistência ao nosso paciente”, afirmou Suianne Alencar, coordenadora da Fisioterapia e organizadora do projeto no hospital da Rede Sesa.
*Com Valéria Alves - Ascom HRC
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