quarta-feira, 21 de julho de 2021

Vereadores de Juazeiro do Norte abrem quarta CPI contra Glêdson Bezerra em sete meses

Foto: Reprodução/Instagram 

Vereadores de Juazeiro do Norte decidiram, antes do recesso parlamentar, na última semana, abrir mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos).


Essa é a quarta investida dos parlamentares de oposição que formam maioria na Casa e evidencia um cabo de guerra, junto ao Executivo, que começou ainda no início de 2021.


O prefeito Glêdson Bezerra defende o trabalho dos vereadores, mas questiona a abertura de CPI, alegando que, em sua gestão, reduziu os custos do serviço. Ele diz que respeita o trabalho do Poder Legislativo que "deve fazer suas fiscalizações, deve instaurar procedimentos quando entende que é necessário fazer as investigações".


"Por outro lado, não tem como a gente tapar o sol com a peneira e não dizer que não causa estranheza uma abertura de CPI, quando a gente sabe que o contrato para coleta de resíduos sólidos custou 4,5 milhões de reais. (...) Isso nunca foi objeto de investigação por parte da Câmara, nunca houve qualquer tipo de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito. Nesse momento, em que a gente consegue reduzir o valor para R$ 2,4 milhões, a Câmara resolve abrir uma CPI", afirma o prefeito.


A suspeita que influenciou a abertura de uma nova Comissão, de acordo com o vereador Janu (Republicanos), foi uma dispensa de licitação na contratação de empresa de lixo que teria sido direcionada propositalmente.


O pedido de abertura da CPI foi assinado por nove vereadores. De acordo com o Regimento Interno, sete assinaturas são suficientes para se formar um colegiado.

Na justificativa, o vereador diz que solicitou documentações que comprovassem a necessidade de dispensa de licitação para a escolha de determinada empresa, responsável pela coleta de lixo na cidade, mas não foi atendido.


Nesta terça (20), mesmo em recesso, o colégio de líderes se reuniu para escolher três vereadores para integrar a comissão.


Esse grupo decidirá entre si quem será o presidente, o relator e o secretário da CPI. Os trabalhos do colegiado, de acordo com a assessoria jurídica da Casa, podem seguir mesmo em recesso parlamentar - reservado apenas para as sessões plenárias.



Fonte: Diário do Nordeste

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