quarta-feira, 16 de junho de 2021

Médicos do Hospital Santo Antônio, Barbalha, retiram aneurisma raro de paciente do Cariri

 


O aneurisma já estava do tamanho do olho; a cirurgia durou mais de seis horas e a paciente encontra-se lúcida e fora de perigo


Uma equipe médica do Hospital Santo Antônio de Barbalha, comandada pelo médico neurologista Dr. José Júnior, realizou cirurgia de altíssima complexidade para o tratamento de um aneurisma gigante e raro de uma mulher de Aurora, no último fim de semana. A paciente de 59 anos chegou com um caso de aneurisma dissecante cavernoso gigante de artéria carótida com cerca de 40 mm, tido como raríssimo. Ela ainda tinha outro aneurisma do mesmo lado, caracterizado como Oftálmico, com o tamanho de 10 mm.


O procedimento obteve sucesso total com a oclusão da Artéria Carótida Interna (ACI) direita por meio da compactação de micromolas no interior do aneurisma. Esse corresponde a 1% de todos os aneurismas diagnosticados. O objetivo do tratamento foi a eliminação do efeito de massa, bem como a proteção contra sangramentos e, além disso, a cura pela eliminação aneurismática.


“Ela descobriu pois o aneurisma maior comprimiu o seu olho direito, causando dores, pulsações e imobilidade. Isso prejudica bastante a qualidade de vida, além do risco de ruptura. Então foi feita uma tomografia simples e descoberta a comorbidade. Ela está bem, acordada, dialogando e terá alta nos próximos dias”, disse José Júnior.


Os Aneurismas Intracranianos (AIs) cavernosos gigantes têm um risco de ruptura de 6,4% em 5 anos.  Contudo, existe indicação cirúrgica para a maioria dos casos, podendo ser por via endovascular ou abordagem direta. A abordagem aberta não é mais utilizada devido à alta taxa de complicação. Os aneurismas gigantes cavernosos são raros e de difícil acesso cirúrgico devido à sua correlação com estruturas neurovasculares da base do crânio. Estes possuem uma sintomatologia diversificada, assim como sua etiologia.


Entenda


Os aneurismas são dilatações patológicas que ocorrem nos pontos de maior fragilidade ao longo da parede dos vasos sanguíneos em consequência do aumento da pressão hemodinâmica que estão sujeitos. Estima-se que os aneurismas cerebrais estejam presentes em aproximadamente 3,2% da população mundial, com idade média de 50 anos, proporcionalmente em ambos os sexos.


Principais causas


Além dos fatores ambientais ou modificáveis, como a hipertensão arterial, tabagismo, contraceptivos orais, etilismo crônico, hiperlipidemia e diabetes mellitus, há também os fatores de risco não modificáveis, como a predisposição genética familiar, os fatores hemodinâmicos e hormonais, síndrome de Ehlers-Danlos e rins policísticos. Todos esses fatores contribuem para a formação do aneurisma.





*Com Assessoria Commonike.

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