Vincenzo Pinto/AFP |
O Papa Francisco inicia, nesta sexta-feira (5), uma visita histórica ao Iraque. A viagem é a primeira de um pontífice a um país muçulmano de maioria xiita, e ocorre com medidas reforçadas de segurança e em plena pandemia de Covid-19. A chegada de Francisco ocorre dois dias depois de ataque com foguetes a uma base que abriga soldados dos Estados Unidos no país.
A previsão de chegada do avião estava marcada para as 11h GMT (8h de Brasília) em Bagdá. A aeronave saiu de Fiumicino, principal aeroporto de Roma, às 6h45 GMT (3h45 de Brasília).
O sumo pontífice, de 84 anos, anunciou que fará a viagem ao Iraque como um "peregrino da paz". Francisco pretende levar palavras de conforto para uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo, destruída pelos conflitos e perseguições em um país afetado pela violência.
Ele também levará uma mensagem aos muçulmanos xiitas em um encontro com o grande aiatolá Ali Sistani, a principal autoridade religiosa desse braço do islã.
Como será a visita do Papa
Durante a visita de três dias, o Papa percorrerá 1.445 km e passará por várias cidades — incluindo Bagdá, Najaf, Ur, Erbil, Mossul e Qaraqosh —, mas se encontrará com poucas pessoas nas estradas em razão do confinamento total decretado no país.
No Iraque, o número de casos bateu, nesta semana, um recorde desde o início da pandemia do novo coronavírus, com mais de 5 mil infectados por dia.
O líder católico, que disse se sentir "enjaulado" nos últimos meses no Vaticano por causa da pandemia, utilizará um veículo blindado para alguns deslocamentos, "virtual" para os iraquianos que o acompanharão pela televisão. Além disso, o helicóptero e o avião papal devem sobrevoar algumas áreas de refúgios de extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Francisco se reunirá, em algumas etapas da viagem, com algumas centenas de pessoas, com exceção da missa de domingo no estádio de Erbil, no Curdistão, na qual participarão milhares de fiéis que reservaram suas vagas com antecedência.
A primeira viagem ao exterior do pontífice em 15 meses permitirá a Francisco ir ao encontro de uma pequena comunidade de fiéis na "periferia" do planeta, uma de suas ações preferidas.
*Fonte: Diário do Nordeste
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