segunda-feira, 1 de março de 2021

Empreendedorismo feminino no Brasil cresceu 40% no ano passado

Nayara e Nadya, irmãs empreendedoras que em meio à pandemia
implantaram primeira empresa do Cariri, tipo “Salão de Beleza em Casa”


No Cariri não é diferente: economistas da região explicam que por aqui as mulheres estão presentes na maioria da abertura de novos negócios ou na gestão dos tradicionais 


O termo “Sexo Frágil” era usado frequentemente para descrever as mulheres, mas ele ficou totalmente no passado, pois o sexo feminino vem mostrando que de frágil não tem nada e, por exemplo, dominando áreas onde os homens eram maioria, como o de empreendedor, mostrando assim sua força, garra e competência.


Elas representam 52,2% dos empreendedores do país que, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 9,3 milhões de mulheres à frente de negócios no Brasil. De acordo com a Rede Mulher Empreendedora (RME), 53% das empreendedoras brasileiras são mães, que optam por ter um negócio próprio para ter mais tempo para a família. Em dezembro de 2019, três meses antes da pandemia, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua indicou o crescimento de 2,9% no empreendedorismo feminino em Fortaleza/CE.


Em Juazeiro do Norte, a Capta Consultoria, que está há seis anos no mercado, é um exemplo de uma empresa criada e liderada por mulheres e que deu super certo. As sócias são economistas: Alessandra Rodrigues e Djany, Martins, contam que a partir da experiência delas na atuação do mercado de crédito e incentivos fiscais, surgiu a ideia de montar o negócio. “A ideia era ser um agente facilitador entre as necessidades da força produtiva e as alternativas disponíveis no mercado quanto à gestão financeira, inovação, recursos financeiros e incentivos fiscais”, disse Djany.


A Capta Consultoria presta serviços de estruturação e captação de credito de curto e longo prazo, estudos técnicos para obtenção de Incentivos Fiscais, Assessoria Financeira, Gestão das vendas a Cartão de Credito, Pesquisa de Mercado e Estudo Econômico Financeiro.


48% dos MEIs são de mulheres


O Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino no Brasil, divulgado pelo Sebrae em 2019, aponta que 48% dos MEIs (Microempreendedores Individuais) são de mulheres. A faixa etária onde se concentra o maior número de empreendedoras é de 25 a 36 anos. Apenas em 2020, o número de micro e pequenas empresas abertas por mulheres foi 40% superior ao mesmo período de 2019, de acordo com pesquisas realizadas pelo Sebrae São Paulo.


O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) aponta que as mulheres empreendedoras estudam 16% a mais do que os homens, enquanto eles dedicam, em média, 8,5 anos à formação, elas investem 9,9 anos de suas vidas. Outra informação importante é que mais de 70% das mulheres marcam presença na internet e fazem uso das redes sociais e aplicativos para vender.


Ser empreendedora é um ato revolucionário


Mais recentemente as irmãs Helaine e Helenicy Veras, trouxeram para a região, uma das franquias mais conhecidas no Brasil, a SPA Express, pioneira no atendimento a domicílio. Helenicy destaca que em um país com altos índices de violência contra a mulher, ser empreendedora é um ato revolucionário. “É sobre ter um propósito, fazer a diferença, acreditar que pode solucionar os problemas dos clientes e fazer acontecer. É ter força, determinação e sabedoria para conciliar as atividades domésticas, filhos, família, trabalho e tantas outras coisas. Quando uma mulher se torna independente financeiramente, ela é livre para fazer suas escolhas. O empreendedorismo feminino liberta, transforma, empodera, realiza e inspira”, disse.



*Da redação do Blog do Mateus Silva com Assessoria Commonike.

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