Secretário do Saúde do Ceará, Dr. Cabeto. Foto: José Leomar |
Além das atuais regras sanitárias para conter o avanço da Covid-19, municípios cearenses com nível crítico de transmissão do novo coronavírus precisarão adotar "medidas mais restritivas". O titular da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Dr. Cabeto, informou que a Pasta irá encaminhar, ainda nesta quarta-feira (24), uma recomendação às gestões municipais.
"Hoje nós devemos soltar uma recomendação aos municípios baseado no índice de criticidade. Aqueles que forem nível de alerta mais alto, vamos recomendar, além do estoque de medicamentos, como a própria Secretaria fez, medidas mais restritivas para proteger a população", disse, em entrevista ao Sistema Verdes Mares (SVM).
Entre as cidades que devem receber a orientação, estão Sobral, Santa Quitéria, Iguatu, Crateús, Quixadá e Quixeramobim, no Interior. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Caucaia, Maracanaú e Pacajus também estão inclusas na lista.
O secretário explicou que os municípios atingem o "nível de alerta máximo" da doença pandêmica quando a incidência de casos aumenta diariamente, assim como o risco ou número de óbitos por 100 mil habitantes e a taxa de ocupação de leitos chega ao patamar crítico.
Cenário
Ainda segundo Dr. Cabeto, o atual contexto epidemiológico, que reúne o somatório de casos, óbitos e internações hospitalares, requer engajamento das autoridades para a elaboração de novas estratégias de contenção, e também da população para o cumprimento das normas.
“Nesse momento, diferente do início, nós temos disseminação da transmissão viral ao mesmo tempo para Fortaleza e para vários municípios cearenses. Isso também chama a atenção para a necessidade planejamento mais adequado e da colaboração de todos os cearenses”, ponderou.
Do ponto de vista estrutural, os leitos de UTI para o acolhimento de pacientes com demanda ambulatorial estão sendo ampliados. Até a próxima segunda-feira (1º), a rede de saúde pública chegará a 801 acomodações exclusivas para Covid-19. Na primeira quinzena de março, a estimativa do secretário é contar com cerca de 1.070 leitos.
“Isso quer dizer que o número de contaminados e o número de pessoas que agravam o quadro está aumentando de forma exponencial. Isso é uma grande preocupação, porque embora estejamos respondendo às necessidades, enxergamos um risco de em algum momento, não conseguir atender da forma adequada”, teme Dr. Cabeto.
*Fonte: Diário do Nordeste
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