terça-feira, 3 de novembro de 2020

Por mais mulheres na política: 151 candidatas disputam vagas na Câmara de Juazeiro do Norte

 

Nesta terça-feira, 3, comemora-se o Dia da Instituição do Direito e Voto da Mulher. Em 1930, após muita luta, o voto feminino foi aprovado no Brasil. De lá para cá, elas batalham para ocupar lugares nos espaços de poder político. Em Juazeiro do Norte, das 22 vagas do legislativo municipal, apenas cinco são ocupadas por vereadoras, representando 22,7% na Câmara. Este ano, 151 mulheres registraram candidaturas para o cargo no município, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, TSE. Uma delas é Gelva Contabilidade (PV), que defende a ampliação da presença feminina no poder.


Foram quase sete décadas da instituição do voto até a Lei 9.504/97, que garante a reserva de no mínimo 30% de mulheres candidatas em cada partido. Antes mesmo da aprovação da lei, Gelva já assumia o compromisso de lutar pelas mulheres como representante no legislativo municipal. Em 1996, candidatou-se à vereadora. Com uma campanha limpa, pautada na transparência e honestidade, ela busca ser eleita em 2020. Suas principais bandeiras são a assistência social, apoio às crianças e jovens e, incentivo ao comércio local. 


Dados do TSE revelam que 52,5% do eleitorado brasileiro é composto por mulheres. São 77,6 milhões de eleitoras. Entre as candidaturas registradas, 187 mil são femininas, o que representa 33,6% na disputa. Em Juazeiro do Norte, elas somam 95.568, ou seja, 54,7% do total de eleitores. Apesar de serem maioria, quando se trata de representatividade nas eleições, esse percentual cai para 36,4%, dentre as 420 candidaturas em 2020.


Extremamente dedicada à família, Gelva está sempre pensando no próximo. Mãe afetuosa, que apesar dos sofrimentos que vivenciou mantém um espírito alegre, não se deixa abater. A solidariedade é sua marca forte. Durante toda a vida prestou serviços contábeis a baixo custo ou de forma voluntária para quem não tinha condições de pagar. “A minha casa é como se fosse uma casa de romeiros. Minha vida não tem como objetivo o lucro, mas o partilhar, tanto meu serviço, quanto meu conhecimento”, declarou.


Aos 22 anos começou a trabalhar como secretária escolar, profissão que exerceu por 28 anos. Sua inspiração vem de outra figura feminina. “Uma pessoa a quem sou grata é Antonilda, Antônia Pereira Martins, que foi diretora da escola, trabalhei 25 anos com ela”. Pensando na defesa das mulheres, suas propostas de governo incluem a criação de uma casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência, de acordo com os direitos assegurados na Lei Maria da Penha (Lei 11340/06); um programa de reeducação para os agressores e; a elaboração de políticas públicas de geração de renda para as vítimas, discutidos e construídos com os movimentos sociais.



*Da redação do Blog do Mateus Silva com Clique Comunicação e Marketing.

Nenhum comentário:

Postar um comentário