sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Pastor Everaldo é preso em operação que afastou Witzel do governo de RJ

Foto: Reprodução/Estadão


O Pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, foi preso na manhã desta sexta-feira (28) na Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do cargo do governador Wilson Witzel (PSC-RJ).


Policiais federais e uma procuradora chegaram por volta de 6h da manhã ao apartamento do político, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Em um carro da PF, o pastor saiu de lá por volta das 7h45.


Às 8h25, ele chegou na sede da Polícia Federal no Rio, na Praça Mauá.


Pastor Everaldo foi citado na delação premiada do ex-secretário de saúde, Edmar Santos, por conta da influência dele no Palácio Guanabara. O ex-secretário foi preso por corrupção. Segundo a delação, era o pastor Everaldo quem mandava na saúde.


Segundo acordo homologado pelo ministro Benedito Gonçalves, as declarações prestadas por Edmar "indicam que um dia antes da deflagração da Operação Placebo o Governador repassou R$ 15 mil em espécie ao Pastor Everaldo, o qual mostrou a quantia a Edmar, com receio, em tese, de que a Polícia Federal encontrasse os valores na realização das buscas."


"Trata-se de provável tentativa de esconder valores supostamente ilícitos, angariados em espécie (prática usual utilizada por grupos criminosos para evitar o rastreamento do dinheiro)."


De acordo com documento que acompanha as diligências autorizadas pelo ministro, Everaldo seria líder de um dos grupos que compõem uma "sofisticada organização criminosa" que tem "o objetivo comum de desviar recursos públicos e realizar a lavagem de capitais, dentre outros crimes".


Segundo documento, Everaldo comanda o segundo braço da organização "como se proprietário fosse, alguns setores da Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro, principalmente sobre as contratações e orçamentos da Cedae, Detran e da pasta da saúde do Estado do Rio de Janeiro".


Também integram o grupo do pastor Hugo Amaral Cavalcante Barroso, operador financeiro, responsável por "efetuar contatos com agentes públicos e empresários, indica as empresas e organizações sociais que devem ser contratadas pela secretaria de Saúde do Rio de Janeiro"; e Edson Torres, que segundo Edmar Santos, é o dono de fato de empresas contratadas pelo Estado e foi o responsável por indica-lo ao cargo de Secretário de Estado da Saúde do Rio de Janeiro para que pudesse exercer influência sobre a pasta.


Laércio e Filipe Pereira, filhos do pastor Everaldo, também integram o grupo. Os dois tiveram a prisão decretada.



*Fonte: G1

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