segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Deputados cearenses divergem sobre a gravidade do incidente em Jati

Foto: Edson Freitas

O rompimento da tubulação da barragem de Jati, na última sexta-feira (21), inaugura novo capítulo nas discussões políticas que envolvem a Transposição do Rio São Francisco. Enquanto o Ministério do Desenvolvimento Regional e Governo do Estado trabalham para dar resolução prática ao problema que tirou dois mil jatienses de suas casas, deputados federais cearenses divergem sobre causas e dimensão do caso.


Coordenador da bancada federal, Eduardo Bismarck (PDT) reconhece que toda obra tenha "riscos calculáveis", mas questiona se houve alguma precipitação no início da operação, por fins eleitoreiros.


O rompimento do duto aconteceu um dia após a abertura da comporta pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. "Talvez essa pressa de querer fazer antes das eleições municipais possa ter prejudicado a obra, mas o importante é que se corrija e que se vá para frente", afirmou o líder.


Já o petista José Guimarães questionou a ausência de mais testes. "Para quê que vieram abrir, por que não fizeram os testes antes? Por que não fizeram uma vistoria técnica antes? Abriram para fazer média, demagogia", disse o deputado, que criticou a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de ganhar capital político com a inauguração.


Sem risco


Um dos aliados presentes durante o evento em junho, Danilo Forte (PSDB) minimizou a relevância do problema ocorrido na sexta. "Primeiro, não tem risco para a população. Segundo, é um problema sanável de engenharia. E terceiro, eu conheço obra, estou no ramo há 40 anos, e no todo a obra está muito bem feita, foi mais um problema operacional do que um problema civil", disse Danilo.


O parlamentar também deu destaque ao fato de que o vazamento só afetou a operação com destino ao Rio Grande do Norte. "Não interfere em nada na água que vai para o Castanhão", garante. O rompimento do duto causou pânico à população da cidade.



*Fonte: Diário do Nordeste

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