Cultura Brejo-santense de Luto pelo falecimento de João Silva Lima

Foto: Ronaldo Lucena

Faleceu em Fortaleza, acometido de Covid 19, um dos grandes nomes da Cultura Brejo-santense, o filho ilustre desta terra, João Silva Lima, conhecido pelo epíteto de Joãozinho. 

Nascido na Terra dos Índios Cariris, aos 21 de Dezembro de 1924, filho de Francisco Pereira Lima e Maria Lica Bastos. 

Troncos Familiares:

Descendente do pioneiro na povoação do sítio Brejo, José Francisco da Silva Basílio, também, de Francisco Pereira Lima Fundador do sítio Brejo em 1750) e, sobrinho em segundo grau do Coronel Basílio (fundador da Cidade). Pertencente à Família Bastos (Basílio,  Ambrósio, Lourenço, Modesto, Nicodemos, Inácio, Felinto, Carlota...), Família Pereira Lima e Família Santos (Família que povoou a antiga Nascenca).

Foi casado com Maria Valdelice Cruz Lima, esta, filha de Joca Amâncio e Dona Ester Tavares.

Seu Joãozinho, como assim era conhecido, foi criado sob a orientação religiosa do Santo Padre Pedro Inácio Ribeiro, inclusive foi coroinha do Santo Padre . Estudou na Escola de Dona Pedrosina, ladeado da parentela e amigos.

Muito inteligente, estudou no seminário São José e Seminário da capital não chegando a ordenar-se Padre.

Joãozinho, pessoa de oratória bem posta, formou-se em várias graduações, era advogado, sociólogo, filósofo, Historiador, Biógrafo,  bibliotecário, enfim, dominava o latim e a língua inglesa.

Joãozinho, tinha uma capacidade ímpar de conhecimento sobre a história de Brejo Santo.

Lecionou no seminário de Fortaleza e inúmeros Colégios,  destacando-se como seu aluno de Música o Cantor Raimundo Fagner que preservou a amizade com o professor até os Dias atuais.

Joãozinho, foi autor do artigo "O crime contra o Templo do Saber", que retratou a derrubada em 1994 da Casa dos Balbina Viana que foi inaugurada aos 07 de setembro de 1907, uma das primeiras escolas de Brejo Santo.

Joãozinho,  com recursos próprios, construiu a Igreja 
do Sítio Deserto e escolheu o padroeiro São Sebastião.

(Foto: Ronaldo Lucena)

A templo católico foi equipada com tudo, inclusive, casa paroquial, biblioteca que recebeu o nome do Historiador Padre Antônio Gomes de Araújo, uma sala de Música que receberia o nome do cantor Raimundo Fagner e uma Banda Cabaçal completa.

Era professor de Música, fundou corais e grupo de jovens para evangelizar. Era um homem culto, abnegado pela pregação do Evangelho e incentivador da Cultura. 

Era assíduo a Comunidade do Vieira, viajava todos os meses, de Fortaleza a Brejo Santo com o intuito de manter vivo seu projeto Cultural desenvolvido no Vieira, sempre, com recursos próprios.

Joãozinho deixa um legado, uma história digna de aplausos. Veio a falecer na capital do Estado, aos 06 de Junho de 2020. 

Pesquisou e escreveu: Dr. Miran Basílio.

Historiador e Advogado.