quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Pesquisador da URCA está estudando fósseis na Antártica

Em dezembro de 2017, o professor Allysson Pinheiro, PhD da Universidade Regional do Cariri (URCA), embarcou rumo ao Antártico para estudar os fósseis da região congelada. A pesquisa deve durar até este mês de fevereiro, quando os profissionais retornarão com o material coletado. A expedição, coordenada pelo Programa Antártico Brasileiro, faz parte das atividades da 36ª edição do projeto Paleoantar, do qual a URCA, a Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal do ABC (UFABC) estão participando.
Na quarta participação de paleontólogos brasileiros do projeto Paleoantar em terras Antárticas, desde o início de suas atividades em 2007, esta é a primeira vez que um caririense integra a equipe. O professor Allysson Pinheiro está representando o Cariri na expedição que investiga o passado de uma das regiões mais inóspitas da Terra e destaca a importância de estudar a Antártica, a qual ele caracteriza como o último ambiente verdadeiramente natural do planeta.
Dentre o material já coletado nesta campanha estão ossos de vertebrados, conchas de moluscos e lagostas que habitaram a Antártica há aproximadamente 70 milhões de anos. O material está estimado em 400 kg e será transportado ao Brasil para que então se iniciem as pesquisas de laboratório.
As pesquisas têm sido voltadas principalmente para os estudos de vertebrados. Os pesquisadores foram levados pelo Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, da Marinha do Brasil, para a ilha de James Ross na Península Antártica, onde permaneceram acampados de 07 de dezembro de 2017 a 25 de janeiro de 2018.
Segundo a paleontóloga Juliana Sayão, da UFPE, a Antártica é uma das últimas fronteiras do conhecimento a ser explorada, o que faz com que todas as informações e materiais coletados constituam importantes descobertas científicas. Entre os materiais encontrados, um crânio de um grupo de vertebrados nunca antes encontrado na Antártica se destaca. Ela acredita que esta será a maior descoberta feita pelo projeto desde seu início.

Com informações da Assessoria de Imprensa da URCA. / Via: CARIRI Revista

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