Os séculos e os milênios se escoaram
na ampulheta do tempo e nós ainda não aprendemos a reconhecer e vivenciar os
imprescindíveis valores do coração. Não desenvolvemos os verdadeiros atributos
humanos, maquiamos e modelamos nossa conduta para externá-la à sociedade em
busca de moeda de troca e, por isso, não buscamos o eclodir da verdadeira
renovação de caráter.
Presenciamos as incomparáveis
conquistas da Ciência e da Tecnologia que tornam a vida no
planeta mais confortável, com muitos males eliminados ou contornados,
propiciando bem-estar, conforto e facilidades de todo porte. Contemplamos a magnitude das galáxias,
nos deslumbramos com o reino das micropartículas, avançamos pelas comunicações
virtuais de inestimável significado para o progresso; no entanto, acompanhamos
a dissolução dos costumes para o crime de várias expressões, e a vida de muitos
seguindo um turbulento cortejo de tragédias, loucura e perda do sentido
existencial.
A maioria dos
Hércules e Vênus do culto ao corpo, esquecem que o essencial é a busca do
autodescobrimento, do sentido de existir e do desenvolvimento de hábitos que
nos enriqueçam e nos tornem pessoas do bem que vivem e proliferam o amor. Não
podemos mais contribuir para
o crescimento e exaltação de conceitos elitizados que brilham, mas não
iluminam. Devemos trabalhar a substância e não a forma.
A meta principal do nosso jornadear
é a busca de felicidade. Nessa caminhada somos todos iguais. A única diferença
que existe entre uns e outros é que cada qual está em um ponto diferente da
estrada e nem todos estão diante da mesma paisagem ou visualizam os mesmos
horizontes. Não obstante, devemos nos desligar e abandonar velhos costumes,
adotar novas táticas de seguir em frente e reelaborar o trajeto. Pois o bom da
viagem é a andança, viver cada passo que se dá.
Que os anseios do ano que está
chegando e que toda busca de melhoria e exaltação da vida sejam concretizadas
pelo esforço, perseverança e trabalho. Que possamos superar o religiosismo
exagerado e fanático, que diviniza indivíduos e instituições e nos espelhar na
figura do Mestre e humilde de Nazaré, que sempre personificou o amor e nos
deixou valiosos ensinamentos. Basta que, saturados das ilusões do pão e circo, busquemos
alimentar a nossa alma em festa de Luz e Paz.
Um
Feliz Ano Novo de realizações a todos, em especial às pessoas sinceras e
afeiçoadas ao amor e à verdade. Faço votos de que não desanimem nunca no afã da
edificação e da vivência do amor, conforme Jesus nos ensinou em todas e
quaisquer situações em que se encontrem, e acreditem... o amor solucionará
todos os problemas, por mais intrincados que se apresentem.
Prof.
Ubirajara M. da Cruz (Jairinho), em 28/12/2017.
Parabéns pelo belíssimo texto professor Ubirajara! Que tenhamos um ano de 2018 com mais pães na mesa de quem realmente necessita, adiquiridos pelo suor do esforço e menos circos em praças públicas orquestrados em dias de distribuições de cestas. Por isso, um ano de mais oportunidades.
ResponderExcluirQue em 2018, ademais, desmistifiquemos os "Akhenatons" e exaltamos a verdadeira divindade da Salvação, o Cristo.