sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

2018: busca do bem infinito.

Os séculos e os milênios se escoaram na ampulheta do tempo e nós ainda não aprendemos a reconhecer e vivenciar os imprescindíveis valores do coração. Não desenvolvemos os verdadeiros atributos humanos, maquiamos e modelamos nossa conduta para externá-la à sociedade em busca de moeda de troca e, por isso, não buscamos o eclodir da verdadeira renovação de caráter.
Presenciamos as incomparáveis conquistas da Ciência e da Tecnologia que tornam a vida no planeta mais confortável, com muitos males eliminados ou contornados, propiciando bem-estar, conforto e facilidades de todo porte. Contemplamos a magnitude das galáxias, nos deslumbramos com o reino das micropartículas, avançamos pelas comunicações virtuais de inestimável significado para o progresso; no entanto, acompanhamos a dissolução dos costumes para o crime de várias expressões, e a vida de muitos seguindo um turbulento cortejo de tragédias, loucura e perda do sentido existencial.
A maioria dos Hércules e Vênus do culto ao corpo, esquecem que o essencial é a busca do autodescobrimento, do sentido de existir e do desenvolvimento de hábitos que nos enriqueçam e nos tornem pessoas do bem que vivem e proliferam o amor. Não podemos mais contribuir para o crescimento e exaltação de conceitos elitizados que brilham, mas não iluminam. Devemos trabalhar a substância e não a forma.
A meta principal do nosso jornadear é a busca de felicidade. Nessa caminhada somos todos iguais. A única diferença que existe entre uns e outros é que cada qual está em um ponto diferente da estrada e nem todos estão diante da mesma paisagem ou visualizam os mesmos horizontes. Não obstante, devemos nos desligar e abandonar velhos costumes, adotar novas táticas de seguir em frente e reelaborar o trajeto. Pois o bom da viagem é a andança, viver cada passo que se dá.
Que os anseios do ano que está chegando e que toda busca de melhoria e exaltação da vida sejam concretizadas pelo esforço, perseverança e trabalho. Que possamos superar o religiosismo exagerado e fanático, que diviniza indivíduos e instituições e nos espelhar na figura do Mestre e humilde de Nazaré, que sempre personificou o amor e nos deixou valiosos ensinamentos. Basta que, saturados das ilusões do pão e circo, busquemos alimentar a nossa alma em festa de Luz e Paz.
Um Feliz Ano Novo de realizações a todos, em especial às pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade. Faço votos de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme Jesus nos ensinou em todas e quaisquer situações em que se encontrem, e acreditem... o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados que se apresentem.


Prof. Ubirajara M. da Cruz (Jairinho), em 28/12/2017.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo belíssimo texto professor Ubirajara! Que tenhamos um ano de 2018 com mais pães na mesa de quem realmente necessita, adiquiridos pelo suor do esforço e menos circos em praças públicas orquestrados em dias de distribuições de cestas. Por isso, um ano de mais oportunidades.
    Que em 2018, ademais, desmistifiquemos os "Akhenatons" e exaltamos a verdadeira divindade da Salvação, o Cristo.

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